(Centro Universitário Barão de Mauá, 2022-12)
Adriele Roque dos Santos; Hélita Seixas Rosa Marroni; Isabela Fernanda Moreira; Me. Ana Rosa Crisci
Com a pandemia de COVID-19 muitas doenças, inclusive a Hanseníase, tiveram uma
queda significativa de notificações, devido a sobrecarga e restrições dos serviços de
saúde. Objetivou-se neste trabalho, identificar em bases dados oficiais, qual o impacto
da pandemia sobre as notificações de casos de hanseníase, nos anos de 2019 a 2022.
Os dados obtidos foram analisados e apresentados em números absolutos de acordo
com as variáveis idade, raça, sexo, na região metropolitana de Ribeirão Preto. Entre
2019 a 2020, a frequência da doença diminuiu, tanto no sexo masculino como feminino,
tanto na raça branca como na negra e parda, e em quase todas a faixas etárias, com
exceção entre 30 a 39 anos e 70 a 79 anos que teve um pequeno aumento neste período.
Entretanto, no período entre 2020 a 2021, os casos notificados principalmente em
Ribeirão Preto, aumentaram muito, no sexo feminino e raça branca e em todas as faixas
etárias. Os resultados obtidos mostram que o plano de controle não consegue captar
todos os casos existentes na área, e que é possível realizar ações assistenciais após
a passagem da pandemia às pessoas em tratamento de hanseníase e seus contatos,
mesmo à distância, com o objetivo de não deixar que os avanços na eliminação da
hanseníase não sejam perdidos devido à priorização de recursos para a COVID-19.
Palavras-chave: Hanseníase; COVID-19; doenças endêmicas.