Navegando por Autor "Alessandra Ackel Rodrigues"
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ItemA ansiedade no retorno ao ensino presencial: fatores protetivos e estressores em graduandos de psicologia(Centro Universitário Barão de Mauá, 2022-12) Anielle Karen Domingos da Silva ; Júlia Lopes Vieira ; Alessandra Ackel RodriguesA entrada na universidade é uma transição cercada de expectativas, conflitos e mudanças em diversas áreas, tais como cognitiva, afetiva, social e comportamental. A necessidade de adaptação ao desconhecido ocorre com os novos ciclos sociais e compromissos de estudos e tarefas. A pandemia de COVID-19, em 2020, foi um evento estressor adicional à adaptação acadêmica, exigindo isolamento social e aulas remotas. Já o retorno presencial em 2022 trouxe o desafio da adaptação a essa modalidade de ensino, bem como aos relacionamentos sociais. Este estudo objetivou avaliar os níveis de sintomas ansiosos em estudantes universitários com o retorno ao ensino presencial. Para tanto, realizou-se um estudo de levantamento online, descritivo e de recorte transversal com 21 graduandos do 3º ano de Psicologia. Eles responderam ao questionário sociodemográfico e de vida acadêmica elaborado pelas pesquisadoras e ao Inventário de Ansiedade de A Mente Vencendo o Humor. A análise de dados foi quantitativa, com estatística descritiva e inferencial. Os níveis de sintomas ansiosos dos estudantes foram de 32,57 (±13,74) pontos, porém, 47% deles apresentaram escores acima do valor médio encontrado na amostra. Os sintomas ansiosos mais apresentados pelos estudantes foram dificuldade para se concentrar, preocupação excessiva, insônia, cansaço, tensão muscular, taquicardia, tontura e sudorese. Com relação aos fatores estressores, em 2020, 14,3% dos estudantes indicaram extrema dificuldade de relacionamento com os colegas, 4,8% em lidar com as exigências de estudo, 9,5% em lidar com os prazos para entrega de trabalhos e 19% adaptar-se às provas. Já em 2022, 19% dos estudantes indicaram extrema dificuldade de relacionamento com os colegas, 4,8% com professores, 19% em lidar com as exigências de estudo, 14,6% em lidar com os prazos para entrega de trabalhos, 28,6% adaptar-se às provas e 76% dos estudantes pensa/pensou abandonar o curso. Em relação aos fatores que contribuíram para adaptação, na comparação de 2020 e 2022, houve um aumento da percepção de apoio de familiares (de 19% para 33,3%), colegas de sala (de 9,5% para 19%) e professores (de 14,3% para 23,8%), o que pode sugerir um estreitamento dos laços sociais durante a graduação, mesmo com as dificuldades impostas pela pandemia. O teste de correlação de Spearman indicou maiores escores no inventário para estudantes que informaram entre seus gatilhos para ansiedade: trabalhos em grupo (r=0,650; p=0,001), apresentar seminários (r=0,766; p=0,000), fazer novas amizades (r=0,662; p=0,001), conversar pessoalmente com um colega (0,580; p= 0,006) e perguntar algo durante a aula (0,623; p=0,003). Tais resultados podem sugerir um efeito do período pandêmico na formação de vínculos sociais destes estudantes durante o início da graduação, o que poderia contribuir para uma dificuldade atual no tocante às interações sociais. Faz-se necessário pensar em propostas de intervenções no âmbito acadêmico, visando o desenvolvimento de habilidades interpessoais, coesão grupal e o fortalecimento da relação professor-aluno nos estudantes que passaram pelo ensino emergencial remoto nos anos iniciais da graduação e retornaram presencialmente em 2022, a fim de se promover saúde mental no âmbito universitário. Palavras-chave: Ansiedade. Universitários. Fatores protetivos. Fatores estressores.
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ItemApego e dificuldades de relacionamentos afetivos em mulheres(Centro Universitário Barão de Mauá, 2022-12) Maria Eduarda Neres Prates ; Vitória Sacchi ; Alessandra Ackel RodriguesDurante o desenvolvimento infantil, são estabelecidas diversas características que dizem respeito ao modo como se dá a vinculação dos indivíduos, aspectos que refletem diretamente nas relações comumente direcionadas aos vieses amorosos presentes na vida adulta. Por exercer socialmente um papel mais afetivo, as mulheres se encaminham para relacionamentos que podem se configurar de diversas maneiras e apresentarem em seu desenvolvimento, dificuldades relacionadas a infidelidade, violência e dependência. O objetivo deste estudo foi analisar as características do apego e compreender as dificuldades de relacionamentos afetivos em mulheres. Foi realizado um estudo de levantamento online, descritivo, de abordagem quantitativa e recorte transversal. O protocolo de coleta de dados contou com 20 perguntas, sendo que parte delas solicitava a avalição subjetiva das participantes acerca de uma temática, com respostas variando de 0 a 5. O recrutamento das participantes se deu por meio de redes sociais e participaram 203 mulheres, sendo sua maioria entre 18 e 30 anos (78,8%), heterossexuais (55,2%), solteiras (78,8%), cursando o ensino superior (50,7%), atualmente em um relacionamento (68%), com duração de 2 a 5 anos (29,6%) ou menos de 6 meses (24,1%). As participantes avaliaram seu relacionamento afetivo, em comparação ao relacionamento com os pais, como mais afetuoso (183) e amigável (187), já as características hostil (54) e conflituoso (92) foram mais acentuadas no relacionamento com os pais. Ambos os relacionamentos foram avaliados como estáveis. Com relação às características dos relacionamentos, destacaram-se: compreensivo (166), comunicativo (134), amável (175), empático (149), independente (110) no relacionamento afetivo e incompreensivo (83), pouco comunicativo (109), agressivo (54), apático (61) e dependente (121) relacionamento com os pais. No que se refere aos sentimentos predominantes nos relacionamentos, os agradáveis (alegria, felicidade, confiança, segurança e amor) foram frequentes tanto nos relacionamentos familiares como afetivos. Já os desagradáveis (medo, raiva, frustração e desconfiança) foram apontados em menor frequência de modo geral, mas ligeiramente em níveis mais elevados nos relacionamentos familiares. Em relação às dificuldades no relacionamento afetivo, ressaltaram-se comunicação (66), demonstração de afeto (99) e medo do abandono (35). O estudo propiciou tecer relações entre características dos relacionamentos estabelecidos na infância e na vida afetiva adulta, confirmando que o papel das primeiras relações perpassa a vida. Além disso, nota-se que características descritas nesta amostra como segurança, confiança, compreensão, comunicação e amabilidade contribuem para o estabelecimento de relações de apego seguras, sendo essas fatores protetivos para a saúde mental. Palavras – chave: Apego. Mulheres. Relacionamentos.
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ItemDocentes universitários, stress, burnout e estratégias de coping: uma revisão bibliográfica(Centro Universitário Barão de Mauá, 2021-10) João Vitor Vieira Camargo ; Alessandra Ackel RodriguesO presente estudo avaliou o stress percebido, Burnout e coping em professores do ensino superior, a partir de uma revisão bibliográfica integrativa, na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS). Os resultados sugerem que os docentes estão expostos ao stress, Burnout e a maioria não consegue colocar em práticas as estratégias coping. Sugere-se Intervenções para desenvolvimento de coping, considerando as características vulneráveis à stress e Burnout
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ItemFatores protetivos e estressores relacionados a pandemia de COVID-19(Centro Universitário Barão de Mauá, 2021-12) Flávia Alessandra de Camargo ; Laura Junqueira Lima ; Alessandra Ackel RodriguesA Pandemia de COVID-19 é um evento estressor global, que tem trazido uma importante necessidade de adaptação aos indivíduos. A forma como estes lidam com os estressores se relaciona a uma maior chance de adoecimento físico e mental ou a diminuição dos impactos negativos de sua ocorrência. Este estudo teve como objetivo investigar fatores protetivos e estressores relacionados a pandemia de COVID-19 em uma amostra de conveniência de 139 indivíduos maiores de 18 anos, por meio de um estudo online descritivo e exploratório, de caráter quantitativo e recorte transversal. A coleta dos dados aconteceu na plataforma Google Forms e os participantes responderam um questionário sociodemográfico, o questionário de percepções pessoais sobre impactos e fatores protetivos relacionados à pandemia e à Escala de Satisfação de Vida (ESV). Os dados foram analisados com estatística descritiva e inferencial no pacote IBM/SPSS versão 22. Como resultados, a maioria da amostra foi de mulheres (73%) entre 18 e 30 anos (63,9%), solteiras (67,4%), sem filhos (77,3%) e que trabalham (77,3%). As principais mudanças vividas durante a pandemia foram o ensino remoto (75,8%), perda de contato com amigos/familiares (77,3%), alterações na rotina (67,4%) e humor (87,1%). Já as principais dificuldades foram não poder abraçar amigos e familiares (89,4%), viajar sem medo de ser contaminado (88,9%), passear (87,9%), sair com os amigos (81,8%), isolamento social (68,2%) e lidar com perdas/luto em geral (61,4%). Resiliência (78,8%), autocompaixão (64,4%), criatividade (72%), otimismo (67,4%), e a esperança (75,8%) foram praticadas pelos participantes. O nível médio de satisfação com a vida (SV) foi de 22,04 (±6,715). Comparando-se tais escores com os testes de Mann-Whitney e Kruskal-Wallis, encontrou-se maior SV nos indivíduos resilientes (p=0,000), compassivos (p=0,000), otimistas (p=0,00) e esperançosos (p=0,000) durante o período da pandemia. Já para as estratégias de coping, notou-se maior SV nos indivíduos que tentavam ativamente resolver problemas (p=0,03), planejavam-se para lidar com desafios (p=0,009), apoiavam-se em sua religiosidade (p=0,000) e reinterpretavam positivamente o que estava acontecendo (p=0,04). Também notou-se menor SV naqueles que desinvestiam comportamentalmente (p=0,000), se culpavam (p=0,001) e buscavam alternativas de distração (p=0,004). Os resultados da correlação de Spearman da ESV e percepção de estresse mostraram que quanto maior a percepção de estresse na pandemia, menor SV (r= -0,373; p=0,000), quanto maior o nível de estresse na pandemia, maior a dificuldade de lidar com mudanças (r=0,356, p=0,000) e de se contaminar por COVID (r=0,366, p=0,000). Os efeitos psicológicos de uma pandemia podem ser muito maiores que o número de pessoas infectadas pela doença. Isso sugere a necessidade de se pensar medidas de grande impacto e preventivas com relação a saúde mental da população neste contexto. Estratégias relacionadas a Psicologia Positiva podem ser úteis, visto seu compromisso não apenas com a diminuição de sintomas e sofrimento, mas, principalmente, com uma vida com bem estar, sentido e propósito. Palavras-chave: Pandemia. Estressores. Fatores protetivos. Coping.