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    Tecnologia, mídias digitais e desenvolvimento infantil: uma revisão de literatura de 2013 a 2023
    (Centro Universitário Barão de Mauá, 2023-12) Gabriela Trindade Ferreira ; Nathalia Vicentin Trevizani ; Dra. Gisele Machado da Silva Carita
    O avanço tecnológico resultou em uma maior adesão da população às mídias digitais, inclusive, ampliou o contato de crianças com as redes sociais, uma vez que os bebês no ventre materno já podem possuir milhares de seguidores no Instagram, e sua imagem ser divulgada através de exames de ultrassonografia, por exemplo. A infância é uma fase essencial do desenvolvimento humano sob os domínios social, físico, cognitivo, afetivo, linguístico e moral. Ressalta-se a importância do papel das primeiras experiências no cérebro humano, considerando que a dinâmica de interações com o ambiente e outras pessoas são fundamentais para a evolução desses aspectos. Dessa forma, a presente pesquisa objetiva compreender como a literatura vem abordando os impactos do uso da tecnologia e mídias digitais no desenvolvimento infantil através de uma revisão integrativa de literatura de 2013 a 2023. Este é um estudo qualitativo e exploratório. A coleta de dados foi realizada online, através das bases de busca: SciELO, PePSIC e LILACS, utilizando-se dos descritores Internet e criança, período de 2013 a 2023. Os critérios de inclusão selecionados foram: artigos integralmente publicados, estudo publicado no período estabelecido de dez anos (2013 a 2023), artigos escritos na língua portuguesa, que se enquadram na temática proposta; abordando a dinâmica Internet, mídias digitais e crianças. Os critérios de exclusão desconsideram artigos fora do período de publicação (de 2013 a 2023), artigos não escritos na língua portuguesa, artigos fora da temática deste estudo, além de artigos repetidos. A partir dos critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados 8 estudos para compor a revisão bibliográfica. Os artigos foram analisados conforme o método da análise de conteúdo. A análise revelou as seguintes categorias e subcategorias temáticas: Uso das mídias digitais e a mediação parental; A infância em contato com web-celebridades; O crescer no meio digital; A relação entre infância, mídia e educação. Considera-se que a complexidade do uso das redes sociais e da exposição ao uso das telas impacta de modo positivo e negativo no desenvolvimento das crianças; com isso, destaca-se a relevância de se compreender possíveis consequências deste uso. Palavras-chave: criança; Internet.
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    Vida acadêmica na era digital: explorando as relações entre uso de internet e saúde mental em universitários
    (Centro Universitário Barão de Mauá, 2023-12) Rafael Pereira Soares ; Wellington Mascagni ; Me. Alessandra Ackel Rodrigues
    A tecnologia trouxe para a humanidade incontáveis benefícios que auxiliam todos os indivíduos em diversos aspectos de suas vidas e contribuem para grandes avanços da sociedade como um todo. Contudo, com um mundo muito mais rápido, dinâmico e conectado, é possível notar um certo distanciamento entre as pessoas, que estão cada vez mais focadas em seus aparelhos eletrônicos, fazendo uso exacerbado de redes sociais e mídias digitais. Este estudo objetivou explorar as relações entre o uso de internet e a saúde mental de universitários, por meio de uma revisão integrativa da literatura com a pergunta norteadora “quais os impactos do uso de internet na saúde mental de universitários?”. A busca foi realizada nas bases de dados EBSCO, MEDLINE e SciELO com os descritos “mental health”, “internet use”, “problematic internet use e “use of screens”. Adotou-se como critérios de inclusão o artigo abordar a relação entre saúde mental e uso de telas em universitários e ter sido publicado nos últimos 3 anos (2021 a 2023). Excluíram-se materiais que não foram resgatados na íntegra, artigos de revisão de literatura, trabalhos que abordavam intervenções mediadas por tecnologia e validação de instrumentos para avaliação de dependência de internet. Inicialmente, 464 artigos foram encontrados e, após exclusão dos repetidos, chegou-se a 355 artigos em potencial, que, submetidos aos critérios de exclusão, resultaram em 24 materiais incluídos nesta análise. Os resultados possibilitaram uma compreensão por meio de cinco vertentes: 1) caracterização dos estudos; 2) aspectos psicológicos associados ao uso de mídia; 3) fatores de risco; 4) dependência de internet e COVID-19 e 5) medidas para minimização dos impactos do uso de mídias. A primeira categoria evidenciou que nessa área da literatura predominam estudos quantitativos e que o instrumento mais comum para rastreio de internet é teste de dependência de internet de Young. A literatura brasileira carece de estudos, já que apenas 3 sobre essa realidade foram encontrados. Os aspectos psicológicos que se associaram a maior uso problemático de mídias foram solidão, burnout acadêmico, dificuldade de autogestão do tempo e uso de internet como estratégia de autodistração. Entre os fatores de risco encontrados, destacaram-se os transtornos mentais comuns, especialmente sintomas depressivos, ansiosos e estresse, bem como condições sociodemográficas (idade menor que 21 anos e tempo de uso maior de 6 horas diárias) e suporte social restrito. O crescente uso de telas durante a pandemia de COVID-19 parece ter se configurado como uma estratégia de enfretamento frente ao isolamento social. Foi consenso na literatura a necessidade de implementação de estratégias para minimização dos impactos associados ao uso de mídias, fortalecendo repertórios de enfrentamento, habilidades socioemocionais, melhorias na qualidade de vida e aumento da rede de suporte social. Por fim, destacou-se a importância que as instituições de ensino e órgãos públicos têm quanto à psicoeducação sobre o uso de mídias e seus efeitos nocivos. Conclui- se que a pressão acadêmica pode ser entendida como um predisponente para o desenvolvimento de problemas de saúde mental e estes problemas estão altamente relacionados com o uso problemático de internet. Palavras-chave: saúde mental; uso problemático de internet; universitários.
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    Vivência universitária no período pandêmico: aspectos psicológicos, habilidades sociais e eventos estressores
    (Centro Universitário Barão de Mauá, 2023-12) Beatriz Tamberlini Tenente ; Carlota Carolina dos Santos ; Laura Junta Oliveira ; Me. Alessandra Ackel Rodrigues
    A adaptação acadêmica no ensino superior é influenciada por diversos fatores, tais como repertório de enfrentamento e habilidades sociais (HS) dos estudantes, atuando como fatores protetivos ou estressores nesse período. A vivência acadêmica no período pandêmico configurou-se como um estressor adicional. A interpretação que os indivíduos fazem de suas experiências influencia suas emoções e comportamentos. Este estudo objetivou caracterizar os aspectos psicológicos, HS e eventos estressores na adaptação acadêmica ao ensino superior no período pandêmico. Foi realizado um estudo transversal de levantamento online, descritivo e de enfoque quantitativo, com amostra de 103 participantes maiores de 18 anos e regularmente matriculados no ensino superior durante o período pandêmico. A coleta dos dados contou com um questionário sociodemográfico e o questionário de adaptação acadêmica, aspectos psicológicos, estressores e HS, ambos desenvolvidos pelas pesquisadoras para os fins dessa pesquisa. Os dados foram analisados quantitativamente, por meio de estatística descritiva e inferencial. Em relação às HS, os participantes expressaram facilidade de iniciar novas amizades (70), expor seu ponto de vista (80), elogiar os colegas pelos trabalhos realizados (57), buscar resolver problemas de forma amigável diante de críticas (53), falar em público ao apresentar seminários (82), corresponder demonstrações de carinho (67) e colocar-se no lugar do outro para oferecer ajudar (74). Os principais eventos estressores enfrentados foram o ingresso no ensino superior e o isolamento social, com percepção de sobrecarga a partir das demandas da faculdade (71), preocupação a maior parte do tempo (69) e dificuldade de conciliar trabalho e estudos (64). Sobre as principais facilidades, identificou-se o suporte social, como apoio familiar (78), relacionamento com colegas (71) e boa comunicação com docentes (54). Em relação às variáveis psicológicas, investigadas por meio de avaliação subjetiva que variou de 0 a 10, destacaram-se como mais frequentes na amostra as emoções ansiedade (7,8 ± 2,27) e o otimismo (6,1 ± 1,94), as distorções cognitivas pensamento “E se...?” (6,4 ± 3,0) e dicotômico (6,2 ± 3,17) e os comportamentos de busca de suporte de colegas (6,2 ± 2,88), autocobrança (8,1 ± 2,32) e autocrítica (7,7 ± 2,54). O teste de correlação de Spearman indicou correlações positivas entre busca por suporte de professores e alegria (r=0,268; p=0,006) e ansiedade e comportamentos com potencial de prejuízo como autocobrança (r= 0,341; p= 0,000), autocrítica (r= 0,444; p= 0,000), evitação (r= 0,273; p= 0,005) e procrastinação (r= 0,208; p= 0,035). As principais distorções cognitivas se correlacionaram negativamente com as emoções agradáveis como o otimismo e positivamente com emoções desagradáveis como a tristeza. Adicionalmente, foram encontradas correlações positivas dos comportamentos com potencial de prejuízo e distorções cognitivas. Tais resultados sugerem um efeito do período pandêmico no enfrentamento dos eventos estressores, tendo impactado na saúde mental e bem estar dos universitários e que o repertório prévio de HS e fontes de apoio podem ter atuado como fator protetivo que facilitou o manejo das principais dificuldades no processo de adaptação acadêmica. Sugere-se intervenções voltadas para o suporte dos universitários e estudos que incluam alunos que passaram pela graduação após o período pandêmico. Palavras-chave: adaptação acadêmica; habilidades sociais; distorções cognitivas; pós pandemia COVID-19.
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    Violência: impactos psicológicos vivenciados por mulheres vítimas de relacionamentos abusivos
    (Centro Universitário Barão de Mauá, 2023-12) Isis Cristina Garcia Daniel Ayres ; Letícia de Oliveira Silva ; Dra. Martha Ethel Steytler
    Apesar dos avanços alcançados pelo movimento feminista, que emancipou as mulheres em diferentes esferas sociais, as relações afetivas delas continuam atravessadas por atos de violência e abuso, sejam em seus aspectos físicos ou psicológicos, tendo como consequência inúmeros impactos existenciais. O presente estudo teve por objetivo identificar os prejuízos de uma relação afetiva abusiva, permitindo a análise dos impactos psicológicos ocasionados por essa vivência. O trabalho foi desenvolvido por meio de estudo exploratório inserido no modelo de pesquisa qualitativa, tendo como modo de coleta de dados entrevistas, realizadas em cadeias de referência, e o método de análise de conteúdo para a análise dos dados. Por meio deste estudo, foi possível abrir espaço para o diálogo e oportunizar discussões acerca da temática, o que possibilitou a investigação e identificação dos impactos advindos de uma relação afetiva abusiva, dentre os quais os de maiores prevalências – como alterações na autopercepção e o desenvolvimento de psicopatologias – foram gerados a partir de abusos de natureza psicológica, conforme mencionado por todas as mulheres participantes. Palavras-chave: mulheres; violência; relação abusiva; feminismo; impactos psicológicos.
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    Potencialidades da clínica psicológica Fenomenológico-Existencial e as possibilidades para aqueles que aí-se-encontram
    (Centro Universitário Barão de Mauá, 2023-12) Rubens Francisco Ricco ; Dra. Martha Ethel Steytler
    O presente estudo buscou abordar as potencialidades presentes na clínica psicológica Fenomenológico-Existencial, que se revelou sustentada na escuta e fala e as possibilidades de promover no analisando, que já é um ser em abertura, uma existência mais plena e autêntica. Foi instigado um diálogo com o intuito compreensivo sobre a possível promoção, para aquele que busca acolhimento para seu sofrimento na clínica, de uma existência mais singular que seja alcançada com a conquista de um entendimento existencial mais próprio e aberto. O método utilizado foi o da revisão narrativa de literatura pertinente através de levantamento bibliográfico nas produções acadêmicas que enfocam a referida Clínica. Exploraram-se aspectos envolvidos na clínica, que, por excelência, configura-se como um espaço onde se realiza um encontro de seres existentes e que, na relação do aqui e agora, apresentam forças transformadoras capazes de colaborar com a aquisição da liberdade e da responsabilidade diante do próprio existir, conquistando, assim, uma vida mais genuína e singular. A indeterminação e incompletude da existência, seus percalços, frustações e dores próprias, a redução de sentido e as solicitações hegemônicas de nosso tempo, a Era da Técnica, fazem com que o ser se perca de si mesmo, restringe possíveis sentidos, infringem tensões existenciais, queixas e promovem a angústia que o levam e que aparecerão na clínica. Foi realizada uma investigação das tonalidades afetivas da angústia e do ser-para-a-morte em sua antecipação da morte como afinações do ser-aí (Dasein), que se apresentaram como possuidoras da aptidão de irromperem com a parcimônia existencial em que se está submerso e o colocam em questionamento passível de desvelar a existência e promove sua abertura para o ser mais próprio e seu inerente caráter de poder-ser. A Clínica aqui refletida correspondeu a pensar como essa crise existencial, em especial a angústia, pode ser trabalhada, dissolvendo as ocupações intramundanas, destecendo as cristalizações estabelecidas no modo de ser do analisando e permitindo, se assim o quiser, uma transformação existencial. Essas reflexões forneceram entendimentos de concebíveis caminhos para se contrapor às imposições do mundo contemporâneo, que são o cuidado, a serenidade e o pensamento meditante. Assim, contemplou-se a clínica, que, em seu movimento despojado e aberto ao acolhimento atento, permite que o analisando encontre condições de se apropriar de seu poder ser, permitindo-se corresponder às possibilidades e a se desvencilhar daquilo que o fecha e impossibilita de alcançar seu ser mais próprio. Palavras-chave: psicoterapia; Fenomenológico-Existencial; angústia; ser-para-a-morte; acolhimento.