A mundanidade e o suicídio da consciência: o diálogo entre os contos "Violante ou mundanidade" e " A confissão de uma jovem", de Marcel Proust

Abstract

O objetivo deste trabalho de conclusão de curso é analisar os contos “Violante ou a mundanidade” e “A confissão de uma jovem”, de Marcel Proust, publicados no primeiro livro do autor, Os Prazeres e os Dias, em 1896, e identificar os pontos de proximidade entre eles. Para realizar tal trabalho, são consultadas bibliografias atinentes à teoria do conto, como os livros de Nádia Battella Gotlib (1990), de Massaud Moisés (1973) e de Luzia de Maria (2004), com vistas à criação de um panorama que englobe as principais características desse gênero literário. São consultados, também, livros, artigos, teses e dissertações referentes à literatura proustiana, como o ensaio de Allen Thiher (2013), não apenas para embasar as análises dos contos selecionados, foco deste trabalho, mas também para se ter uma visão geral da narrativa curta proustiana. A partir disso, tem-se o intuito de expor o percurso de cada protagonista individualmente, para, em seguida, estudar as semelhanças entre as duas obras, observando o desenvolvimento das personagens e os efeitos da mundanidade sobre elas. Nesse sentido, a fim de compreender todo o universo do qual as personagens se cercam, esclarece-se o sentido de mundanidade estabelecido por Proust. Além disso, são destacados eventos e elementos importantes em cada narrativa, e, ainda, são investigados a intertextualidade entre os contos e suas epígrafes, a influência do espaço sobre as protagonistas, a relação das personagens com seus pais ou responsáveis, bem como seu processo de corrupção. Palavras-chave: Conto. Mundanidade. Marcel Proust.