Quem não faz, toma: futebol, ditadura e imprensa no Brasil (1968-1970)

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Data
2022-12
Autores
Samuel Marcos Pereira Souza
Yuri Araújo Carvalho
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Publisher
Centro Universitário Barão de Mauá
Resumo
A presente pesquisa objetiva analisar as relações entre o futebol, a ditadura civil militar e a imprensa entre os anos de 1968 e 1970, no Brasil. Sustentamos a hipótese segundo a qual os aparelhos hegemônicos controlados pela classe dominante atuaram decisivamente para alavancar sentimentos de ufanismo, otimismo e engajamento em relação ao regime, em contraposição aos desmandos, violências e coerções promovidos ao longo dos chamados “anos de chumbo”. Desta forma, é possivel chegarmos a compreensão na qual o futebol, através da imprensa esportiva e da CBD, se apresentava aos militares como um dos pilares centrais do projeto ditadorial nacional, ao passo que, o sucesso da seleção canarinha dentro das quatros linhas assegurava uma certa estabilidade politica ao regime, bem como pavimentava caminhos para a construção de uma imagem positiva do mesmo. A pesquisa dialoga com o arcabouço teórico-conceitual desenvolvido por Antonio Gramsci e seus comentadores, com especial atenção para as noções de hegemonia, sociedade política e sociedade civil, aparelhos privados de hegemonia, homem coletivo, entre outras, as quais são mobilizadas para o escrutínio de fontes artísticas e documentais produzidas e/ou absorvidas, à época, pela grande imprensa e por aparelhos governamentais à serviço do binômio coerção/consenso. Acreditamos que a monografia contribuirá, acadêmica e socialmente, para o esclarecimento de ações, estratégias e mecanismos ainda vigentes (e mobilizáveis) por conformações governamentais autoritárias. Palavras-chave: Futebol. Ditadura. Imprensa.
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Citação
SOUZA, Samuel Marcos Pereira. Quem não faz, toma: futebol, ditadura e imprensa no Brasil (1968-1970). 64f. TCC (Graduação) - Curso de História, Centro Universitário Barão de Mauá, Ribeirão Preto, 2022.
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