A transformação do pirata por meio da cultura (pop)ular

Abstract

O presente trabalho tem como objetivo compreender como se deu a transformação do pirata como um criminoso, nos séculos XVII e XVIII, para um herói aventureiro, justo e romântico. Num primeiro momento, vamos contextualizar todo cenário político-econômico europeu, tratar desde os primeiros momentos em que surgia o mercantilismo até os primeiros corsários começarem a navegar pelo Oceano Atlântico. Em seguida, vamos diferenciar os significados das denominações flibusteiros, bucaneiros, corsários e, principalmente, pirata. Para levar a cabo este trabalho, duas obras foram fundamentais, a saber, “Uma história geral dos roubos e crimes de piratas famosos” (1724), de Charles Johnson, e a “A Ilha do Tesouro” (1883), de Robert Louis Stevenson. A partir da leitura e da análise destes escritos e da historiografia voltada para essas questões, pretendemos, portanto, entender como as sociedades ressignificam imagens e estereótipos em seus contextos próprio, neste caso específico, entender como se deu a construção do pirata, figura que gera fascínio a mais de três séculos. Palavras-chave: pirata; criminoso; literatura; herói.