Toxicidade polínica de duas espécies de plantas ornamentais para abelhas Apis mellifera (L.)

Abstract

As abelhas desempenham importante função para a polinização de áreas nativas e agrícolas. Entretanto o pólen, apesar de ser uma fonte rica em nutrientes essenciais para esses insetos, também pode ser tóxico. Estudos demonstram que algumas plantas ornamentais produzem pólen tóxico a diversos animais, inclusive para as abelhas. Diante desse contexto, o presente trabalho teve como objetivo analisar a toxicidade do pólen e das anteras das espécies Chrysanthemum morifolium (Ramat) e Bougainvillea spectabilis (Willd.), avaliando seu impacto na longevidade das abelhas africanizadas Apis mellifera (L.). Para os experimentos foram utilizadas 8 gaiolas, cada qual com 50 abelhas recém emergidas, coletadas de colmeias do apiário experimental do Departamento de Genética da FMRP-USP. O alimento base utilizado para o controle foi o Candy, que consiste em uma pasta feita com açúcar de confeiteiro (70%) misturada com mel (30%). O pólen e anteras de cada espécie de planta foram macerados misturados ao Candy separadamente em concentrações de 0,50%, 0,75% e 1,25%. Os dados foram coletados diariamente através da contagem das abelhas sobreviventes em cada caixa de observação, até que a última estivesse morta. A análise estatística dos dados obtidos foi realizada pelo teste ANOVA mostrando que houve significância quanto a toxicidade. A planta que demonstrou maior toxicidade e menor tempo de sobrevida foi o Crisântemo na concentração de 1,25% seguida da concentração de 0,75%, enquanto a concentração 0,50% não demonstrou diferença significativa em relação ao grupo controle. A Primavera demonstrou menor toxicidade e maior tempo de sobrevida quando comparada ao Crisântemo. Palavras-chave: Bougainvillea spectabilis; Chrysanthemum morifolium; Apis mellifera.