O ensino de gramática e as relações de poder da língua: o direito à norma-padrão

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Data
2023-12
Autores
Giovanna Almeida Torres de Andrade
Dra. Renata Maria Cortez da Rocha Zaccaro
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Publisher
Centro Universitário Barão de Mauá
Resumo
Este trabalho analisa o contexto de inserção das camadas populares nas escolas, na década de 1980, considerando que a cultura legitimada pelas instituições de ensino continuou a ser a mesma das classes privilegiadas. Nesse viés, entende-se que a língua foi constituída, historicamente, como um instrumento de poder, pois, por meio dela, ocorre dominação social e linguística, bem como se dá a propagação da violência simbólica pela escola, já que é exigido e valorizado um capital cultural e linguístico diferente daquele que os alunos das camadas populares possuem. Dessa forma, os estudantes são privados de se apropriarem da língua e se distanciam das variedades de prestígio, mantendo a dinâmica social. Sendo assim, nota-se que a escola contribui para a estigmatização de determinadas variedades – uma vez que ensina um modelo que se distancia da língua falada pelos estudantes: o português brasileiro. Uma mudança cultural é necessária para que as camadas populares compreendam que saber a norma-padrão é um direito, a fim de que sejam capazes de participar das relações de poder por trás da língua, assim como é preciso que os educadores ensinem os estudantes a valorizar e utilizar as variedades linguísticas existentes no português brasileiro, adotando uma perspectiva política da língua, contrária ao preconceito linguístico. Palavras-chave: norma-padrão; ensino; língua; preconceito linguístico; variedades linguísticas.
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Palavras-chave
Citação
ANDRADE, Giovanna Almeida Torres de. O ensino de gramática e as relações de poder da língua: o direito à norma-padrão. 40f. TCC (Graduação) - Curso de Letras, Centro Universitário Barão de Mauá, Ribeirão Preto, 2023.
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