O treinamento dos músculos do assoalho pélvico exerce influência na pressão arterial de mulheres com incontinência urinária? Estudo prospectivo
O treinamento dos músculos do assoalho pélvico exerce influência na pressão arterial de mulheres com incontinência urinária? Estudo prospectivo
Data
2022-12
Autores
Giovanna Carrijo Bega
Jessana Guimarães da Silva
Laís Beraldo Fernandes
Laura Marchiori
Elaine Cristine Lemes Mateus de Vasconcelos
Journal Title
Journal ISSN
Volume Title
Publisher
Centro Universitário Barão de Mauá
Resumo
Introdução: A incontinência urinária representa uma das principais disfunções do assoalho
pélvico feminino. O treinamento dos músculos do assoalho pélvico (TMAP) é considerado
padrão-ouro para seu tratamento. É de conhecimento que o exercício físico tem o potencial de
promover modificações no sistema cardiovascular. Contudo, existe uma lacuna de
conhecimento quanto à repercussão do TMAP na pressão arterial (PA) de mulheres com
disfunção do assoalho pélvico. Objetivo: Verificar se o TMAP exerce influência na PA de
mulheres com incontinência urinária. Métodos: Estudo prospectivo, no qual participou uma
amostra de conveniência composta por mulheres com diagnóstico de incontinência urinária,
normotensas ou com hipertensão arterial sistêmica (HAS) controlada. Para a coleta de dados,
foram aplicados um instrumento para registro das informações sociodemográficas, gineco obstétricas e cardiológicas das participantes, além dos devidos registros da PA antes e após o
TMAP; e o International Consultation on Incontinence Questionnaire – Short Form for
Portuguese (ICIQ-SF) para avaliação da incontinência urinária. As participantes foram
submetidas a um protocolo de TMAP, com contrações sustentadas e rápidas, nas posições de
decúbito dorsal, sentada e em pé. A aferição da PA foi feita no início do protocolo e após cinco
minutos de seu término. Foram considerados os valores da pressão arterial sistólica, pressão
arterial diastólica e pressão arterial média. Os dados foram analisados por meio de estatística
descritiva e, após verificar a normalidade dos dados por meio dos testes Kolmogorov-Smirnov
e Shapiro-Wilk, foram realizadas comparações da pressão arterial sistólica, pressão arterial
diastólica e pressão arterial média com o teste de Wilcoxon para amostras dependentes. Foi
considerado nível de significância de 5%. Resultados: Participaram do estudo 11 mulheres,
com idade média de 56,45 (14,71) anos. Não foram encontradas diferenças significativas na
pressão arterial sistólica (p=0,739), pressão arterial diastólica (p=0,236) e pressão arterial média
(p=0,324) antes e após o TMAP. Conclusão: O protocolo de TMAP não exerceu influência
significativa na PA das mulheres com incontinência urinária estudadas, que eram normotensas
ou tinham HAS controlada. Entretanto, os dados apresentados não podem ser generalizados e
precisam ser interpretados com cautela, em função da necessidade de ensaios clínicos
aleatorizados que permitam consubstanciar a real interferência do TMAP na PA de mulheres.
Palavras-chave: Incontinência urinária. Pressão arterial. Treinamento dos músculos do
assoalho pélvico
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Palavras-chave
Citação
BEGA, Giovanna Carrijo; SILVA, Jessana Guimarães da; FERNANDES, Laís Beraldo; MARCHIORI, Laura. O treinamento dos músculos do assoalho pélvico exerce influência na pressão arterial de mulheres com incontinência urinária? Estudo prospectivo. 39f. TCC (Graduação) - Curso de Fisioterapia, Centro Universitário Barão de Mauá, Ribeirão Preto, 2022.