Perfil sociodemográfico e epidemiológico dos casos de tuberculose notificados em Ribeirão Preto - SP, entre 2012 a 2021

Abstract

A Tuberculose (TB) é uma das doenças mais antigas da história, mantendo-se como um problema de saúde pública no mundo e no Brasil, demonstrando que há necessidade de estratégias mais robustas para serem implementadas, a fim de controlar a disseminação da doença, suas complicações e os óbitos. O Brasil, possuí vasto conhecimento no manejo do diagnóstico e tratamento de tuberculose, realizados através do Sistema Único de Saúde (SUS), desta forma, foi elaborado um Plano Nacional para que a magnitude da TB não seja mais um problema de saúde pública no País, objetivando que até 2035 a incidência seja de menos de 10 casos por 100 mil habitantes. Este estudo epidemiológico, descritivo e exploratório, de abordagem quantitativa, teve como objetivo descrever a prevalência e o perfil sociodemográfico e epidemiológico dos casos de tuberculose no município de Ribeirão Preto - SP entre 2012 e 2021 através dos dados obtidos no SINAN-NET. Os dados foram exportados e armazenados em uma planilha eletrônica estruturada no software Microsoft Excel e apresentados em forma de tabelas e gráficos de distribuição de frequências, sequencialmente no programa Office Word. O município de Ribeirão Preto vem apresentando queda no número de casos de TB., contradizendo os dados de outros estudos. O perfil predominante dos indivíduos infectados são homens jovens e brancos. O tabagismo aparece como a droga utilizada mais predominante entre a população estudada, desde 2016. Na população privada de liberdade e na população em situação de rua, a baixa condição socioeconômica aparece como fator agravante para infecção por TB. O tipo predominante de TB, permanece a pulmonar. Pessoas com HIV e diabetes prévios a infecção por TB pré-dispõem estes indivíduos a forma mais severa da doença e o tratamento da doença pré-existente auxilia no tratamento da infecção aguda da TB. O índice de cura mantém abaixo de 80% dos casos diagnosticados, contradizendo a necessidade de tratamento diretamente observado que apresentou queda durante o período levantado. Diante dos dados apresentados, pode-se concluir que as metas para controlar a TB até 2035 estão fragilizadas, pois ainda há lacunas nos dados apresentados, tanto para diagnóstico quanto para o seguimento do tratamento. Há uma necessidade emergente de políticas e práxis na área da saúde para trazer a população mais vulnerável mais próxima da Unidade de Saúde para o diagnóstico precoce e a cura. Palavras-chave: tuberculose; saúde pública; perfil epidemiológico.