Impacto da atividade física, comportamento sedentário e sono na participação de crianças e jovens com condições neurológicas: uma análise abrangente e correlacional

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Data
2024-12
Autores
Pedro Donizeti Queiroz Merigo Alves
Talissa Gonçalves Lucas
Vitória Helena Corrêa Alves
Maria Eduarda Moura Gonçalves
Dra. Marisa Maia Leonardi Figueiredo
Dra. Eloisa Maria Gatti Regueiro
Journal Title
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Publisher
Centro Universitário Barão de Mauá
Resumo
A atividade física (AF) é essencial para a saúde física e mental de crianças e adolescentes, com recomendações de pelo menos 60 minutos diários de AF moderada a vigorosa. No entanto, crianças com disfunções neurológicas, enfrentam dificuldades motoras que contribuem para o sedentarismo, aumento de comorbidades e consequentemente, pode restringir a participação. O presente estudo analisou o nível de AF, comportamento sedentário e sono de crianças e adolescentes com condições neurológicas, correlacionando esses fatores com a participação. Participaram 17 crianças, entre cinco e 18 anos de idade, em acompanhamento fisioterapêutico, sendo 13 com Paralisia Cerebral e quatro com Síndrome de Down. A coleta de dados envolveu entrevista aos responsáveis. O nível de AF foi obtido por meio do Questionário de Atividade Física para Crianças e Adolescentes (PAQ-C e PAQ-A); o comportamento sedentário pelo tempo de exposição à tela e tempo sentado; e, o sono, pelo relato da duração e interrupções noturnas. A participação foi investigada com base na Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF), que classificou a restrição das crianças em áreas como interação interpessoal, vida social e cívica. Foram também analisados barreiras e facilitadores para a participação em atividades. Para investigar a correlação entre as variáveis categóricas foi utilizado o teste Qui-quadrado de independência e Teste Exato de Fisher, considerando um nível de significância de 5% (p < 0,05). Os resultados mostraram que a maioria das crianças apresentava níveis baixos de AF. O tempo de exposição a telas recreativas foi elevado. Quanto ao sono, a maioria relatou dormir mais de oito horas ininterruptas. Sobre a participação, a maioria das crianças apresentava algum grau de restrição, sendo que os principais facilitadores para a participação incluíram a "disposição" e "atitude de outras pessoas", enquanto as barreiras mais comuns foram limitações físicas e falta de recursos financeiros. Embora não tenha sido encontrada uma correlação significativa entre nível de AF, comportamento sedentário e sono com a participação (p>0,05), o estudo sugere que crianças mais ativas enfrentavam menos dificuldades de participação. Além disso, crianças sedentárias tendiam a passar mais tempo em frente a telas, mas essa associação também não foi significativa (p = 0,124). O estudo destaca a necessidade de promover a AF em crianças com condições neurológicas, uma vez que o sedentarismo pode aumentar o risco de comorbidades e restringir a participação. Palavras-chave: condições neurológicas; atividade física; participação; infância; fisioterapia.
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Palavras-chave
Citação
ALVES, Pedro Donizeti Queiroz Merigo; LUCAS, Talissa Gonçalves; ALVES, Vitória Helena Corrêa; GONÇALVES, Maria Eduarda Moura. Impacto da atividade física, comportamento sedentário e sono na participação de crianças e jovens com condições neurológicas: uma análise abrangente e correlacional. 46f. TCC (Graduação) - Curso de Fisioterapia, Centro Universitário Barão de Mauá, Ribeirão Preto, 2024.
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