Lar, nem tão doce lar: compreendendo as vivências de mulheres vítimas de violência perpetrada pelo parceiro íntimo

dc.contributor.author Amanda Marcela dos Santos
dc.contributor.author Larissa Silva Ramos
dc.contributor.author Me. Mayara Colleti
dc.date.accessioned 2024-03-04T18:41:07Z
dc.date.available 2024-03-04T18:41:07Z
dc.date.issued 2023-12
dc.description.abstract A violência conjugal, durante muito tempo, foi tratada como algo exclusivo do âmbito privado do casal, estruturando-se sob os princípios da invisibilidade e da naturalização. Apenas, recentemente foi assumida como um grave problema de saúde pública que acarreta diversas consequências para as vítimas e sociedade. Considerando isso, o presente trabalho teve como objetivo compreender as vivências de mulheres que foram vítimas de violência perpetrada pelo parceiro íntimo. Trata-se de um estudo de caráter exploratório, descritivo, de corte transversal, amparado na abordagem qualitativa de pesquisa, no qual utilizou-se a análise temática de conteúdo para organização dos dados. Participaram do estudo, cinco mulheres que estiveram inseridas em um contexto em que sofreram violência perpetrada pelo parceiro íntimo, independentemente de ser uma relação estável legalizada. Os instrumentos utilizados para a coleta de dados foram (a) formulário de dados sociodemográficos, (b) roteiro de entrevista semiestruturada e (c) genograma. As entrevistas foram gravadas em áudio e, posteriormente, transcritas na íntegra. O corpus de pesquisa foi organizado por meio de análise de conteúdo temática e a análise e interpretação dos dados pautou-se na literatura disponível sobre o tema. A partir da análise do material coletado, pôde-se elaborar, em diálogo com a literatura, quatro categorias temáticas: (a) Repercussões da violência na saúde mental; (b) A importância da rede de apoio familiar e comunitária; (c) A violência enquanto vivência transgeracional e, (d) A atuação dos profissionais da rede intersetorial no atendimento à mulher vítima de violência. Os resultados permitiram desvelar que durante e após o relacionamento, as participantes se queixaram de várias repercussões na saúde mental, tendo que trabalhar suas inseguranças, medos, resgatar capacidades, crenças em si mesmas, rede de apoio, bem como passar por acompanhamento psicológico para amenizar sintomas depressivos e de ansiedade. Observou-se que a violência na vivência das participantes perpassa como um aspecto transgeracional, visto que presenciaram comportamentos violentos entre seus pais, destacando a questão da família patriarcal, no qual o homem detém poder sobre a mulher. O apoio psicológico e as redes de apoio para mulheres que sofreram violência são de suma importância para conseguirem resgatar suas potencialidades, seus direitos, desenvolver o processo de emancipação e empoderamento após o rompimento do relacionamento abusivo, uma vez que, elas estão vulneráveis e muita das vezes sem rede de apoio. Sendo assim, espera-se que os resultados desta pesquisa contribuam para atuação de psicólogos e demais profissionais, tanto no sentido de reflexão em relação às práticas de atendimento e cuidado desta população, quanto no desenvolvimento de estratégias de intervenção e prevenção da violência. Palavras-Chave: mulher; violência; parceiro íntimo.
dc.identifier.citation SANTOS, Amanda Marcela dos; RAMOS, Larissa Silva. Lar, nem tão doce lar: compreendendo as vivências de mulheres vítimas de violência perpetrada pelo parceiro íntimo. 78f. TCC (Graduação) - Curso de Psicologia, Centro Universitário Barão de Mauá, Ribeirão Preto, 2023.
dc.identifier.uri https://repositorio.baraodemaua.br/handle/123456789/434
dc.language.iso pt
dc.publisher Centro Universitário Barão de Mauá
dc.title Lar, nem tão doce lar: compreendendo as vivências de mulheres vítimas de violência perpetrada pelo parceiro íntimo
dc.type Thesis
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