Correlação entre qualidade do sono e características da dor em estudantes universitários: um estado transversal analítico

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Data
2022-12
Autores
Ana Luiza de Paula Sertório
Heloísa Oliveira Lopes
Júlia Siqueira de Barros
Igor Vieira Campos de Lima
Maria Fernanda Battel Vieira
Victor Guilherme Luvizaro Felice Garcia Neves
Journal Title
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Publisher
Centro Universitário Barão de Mauá
Resumo
Introdução: A dor crônica (DC) pode ser caracterizada por sua persistência por no mínimo três meses. Sabe-se que este tipo de afecção é um problema complexo e multidimensional. Dentre os aspectos relevantes no seu desencadeamento e perpetuação, o sono tem se mostrado como um dos mais relevantes nos últimos anos. Por exemplo, evidências apontam para o fato de que uma única noite de privação de sono já é suficiente para induzir a hiperalgesia em pessoas saudáveis. Sendo assim, a má qualidade do sono, a longo prazo, pode contribuir para a alterações nos limiares de dor e na plasticidade das áreas responsáveis pelo processamento da dor no sistema nervoso central. Justificativa: Por conta da alta incidência e prevalência de dor e, da influência dos distúrbios do sono no quadro clínico e curso da dor crônica, faz-se necessário um estudo para avaliar a influência da dor crônica na rotina de sono e vice-versa. Objetivo: Testar a hipótese de que alterações qualitativas no sono interferem na manifestação e intensidade da dor, e na extensão de área de dor em pacientes com dor crônica. Metodologia: Foram convidados para participar desta pesquisa através da resposta de um questionário online estudantes universitários, entre 18 e 65 anos com DC e indivíduos sem sintomas. Foram excluídos indivíduos com comorbidades que influenciassem por si só no quadro doloroso ou do sono, menores de idade ou com rotinas de trabalho que envolvessem inversão de períodos de sono. Resultados e Discussão: Avaliamos um total de 126 respostas, sendo 105 validadas e incluídas para análise. A maioria dos estudantes eram da cidade de Ribeirão Preto (SP), com uma média de idade de 22,5±4,9 anos e maior frequência no 8º período de graduação. Apesar da baixa média de idade 30,2% deles declararam ter dor crônica e, ainda, 18,1% faziam uso de algum tipo de droga, sendo em sua maioria antidepressivos e ansiolíticos. Estes dados são preocupantes do ponto de vista da saúde pública. No que diz respeito às correlações entre qualidade do sono e intensidade e área de dor, realmente nossos testes estatísticos excluíram a hipótese nula (r=0,33 e r=0,64 respectivamente). Estes valores demonstram existir uma relação entre as variáveis e, segundo a literatura, podem ter ligação direta com alterações do sistema imunológico que levam a uma inflamação de baixa intensidade e consequente sensibilização do sistema nervoso. Conclusão: De acordo com nossos achados, mais de 30% dos estudantes universitários entrevistados relataram a presença de dor crônica, fato este que nos parece preocupante devido à sua faixa etária e nível educacional. Com relação às nossas perguntas centrais, podemos concluir que os indivíduos com dor crônica têm uma pior qualidade do sono e que há uma correlação fraca - porém não desprezível – entre a qualidade do sono e a intensidade da dor e, ainda, uma correlação moderada entre qualidade do sono e distribuição da dor. Palavras-chave: Dor crônica. Saúde do estudante. Transtornos do sono.
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SERTÓRIO, Ana Luiza de Paula; LOPES, Heloísa Oliveira; BARROS, Júlia Siqueira de; LIMA, Igor Vieira Campos de; VIEIRA, Maria Fernanda Battel. Correlação entre qualidade do sono e características da dor em estudantes universitários: um estado transversal analítico. 46f. TCC (Graduação) - Curso de Fisioterapia, Centro Universitário Barão de Mauá, Ribeirão Preto, 2022.
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