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    O grotesco como elemento catalisador do papel e da representação da mulher no estado opressor na obra O conto da aia, de Margaret Atwood
    (Centro Universitário Barão de Mauá, 2023-12) Camille Barbassa Monteiro ; Ma. Elaine Christina Mota
    Este trabalho analisa a influência dos elementos grotescos na obra distópica O Conto da Aia, de Margaret Atwood, destacando a representação das mulheres e as táticas de opressão no contexto do regime teocrático. O estudo busca mostrar como o grotesco é fundamental para provocar o estranhamento no leitor e incentivar a reflexão sobre questões sociais e políticas na realidade em que o leitor vive. Utilizando referências de autores como Raquel Paiva, Muniz Sodré, Victor Hugo e Wolfgang Kayser, para a análise do grotesco, a pesquisa visa a destacar a importância do grotesco como crítica das questões sociopolíticas. O objetivo é que os leitores reconheçam o grotesco nas situações cotidianas e literárias, percebendo-o como um sinal de necessidade de mudança ou aceitação na sociedade, especialmente relacionado a condições sociopolíticas extremas impostas às personagens. Palavras-chave: Margaret Atwood; O Conto da Aia; grotesco; distopia; opressão.
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    O ensino de gramática e as relações de poder da língua: o direito à norma-padrão
    (Centro Universitário Barão de Mauá, 2023-12) Giovanna Almeida Torres de Andrade ; Dra. Renata Maria Cortez da Rocha Zaccaro
    Este trabalho analisa o contexto de inserção das camadas populares nas escolas, na década de 1980, considerando que a cultura legitimada pelas instituições de ensino continuou a ser a mesma das classes privilegiadas. Nesse viés, entende-se que a língua foi constituída, historicamente, como um instrumento de poder, pois, por meio dela, ocorre dominação social e linguística, bem como se dá a propagação da violência simbólica pela escola, já que é exigido e valorizado um capital cultural e linguístico diferente daquele que os alunos das camadas populares possuem. Dessa forma, os estudantes são privados de se apropriarem da língua e se distanciam das variedades de prestígio, mantendo a dinâmica social. Sendo assim, nota-se que a escola contribui para a estigmatização de determinadas variedades – uma vez que ensina um modelo que se distancia da língua falada pelos estudantes: o português brasileiro. Uma mudança cultural é necessária para que as camadas populares compreendam que saber a norma-padrão é um direito, a fim de que sejam capazes de participar das relações de poder por trás da língua, assim como é preciso que os educadores ensinem os estudantes a valorizar e utilizar as variedades linguísticas existentes no português brasileiro, adotando uma perspectiva política da língua, contrária ao preconceito linguístico. Palavras-chave: norma-padrão; ensino; língua; preconceito linguístico; variedades linguísticas.
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    O mito do duplo na paródia intersemiótica existente entre a novela literária O médico e o monstro, de Robert Stevenson, e o filme o Clube da luta, dirigido por David Fincher
    (Centro Universitário Barão de Mauá, 2023-12) Isabela Melo dos Santos e Silva ; Me. Elaine Christina Mota
    Este trabalho tem como objetivo analisar como o processo de repressão do eu origina o duplo nos personagens da novela O médico e o monstro, escrita por Robert Louis Stevenson (1886), e do filme Clube da luta, dirigido por David Fincher (1999), bem como a composição dos elementos grotescos que permeiam a construção da sociedade e a violência manifestadas em ambas as obras além do tom paródico que o longa-metragem traça com a novela. O médico e o monstro expõe o conservadorismo da Era Vitoriana como efeito catalisador para a repressão do eu e mostra a hipocrisia da sociedade desse período, no qual status, aparência e reputação imperam. Já o longa, por outro viés, evidencia a repressão pautada na sociedade capitalista, manifestada como um sistema antiético que seduz o indivíduo com – novamente – status, aparência e reputação, enxergando-o, porém, como uma engrenagem, gerando um vazio existencial que é suprido pelo sentimento de posse. Por conseguinte, as obras apresentam a liberdade causada pela possibilidade de o duplo se metamorfosear no processo de destruição do eu, representada pelo embate psicológico – examinado pelo viés literário – entre original e duplicata. O estudo da mitologia acerca do duplo foi embasado seguindo, principalmente, a teoria proposta por Pierre Brunel. Para a fundamentação teórica a respeito do grotesco foram analisadas as dicotomias entre sublime e grotesco, desenvolvidas por Victor Hugo, e a manifestação dos elementos grotescos que provocam estranhamento, alheamento e distorção, proposta por Kayser e, por fim, os gêneros escatológico, chocante e crítico, apontados por Sodré e Paiva. Diante do diálogo existente entre as obras, é criada uma ligação entre O médico e o monstro e Clube da luta, na qual evidencia-se a paródia que o longa-metragem tece em relação à novela. A relevância da presente pesquisa desenvolve-se por meio do modo como a literatura engloba aspectos psicológicos e consegue expor, pela fantasia, aspectos e mazelas que assolam a sociedade e, diante das obras supracitadas, mostrar a importância que o equilíbrio apresenta para a conservação do eu. Palavras-chave: O médico e o monstro; Clube da luta; mito do duplo; grotesco; paródia.
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    A criticidade austeniana: um diálogo entre Emma e Persuasão
    (Centro Universitário Barão de Mauá, 2023-12) Ana Beatriz Rodrigues de Moura ; Me. Elaine Christina Mota
    Este trabalho tem o objetivo de analisar as críticas sociais presentes em duas obras de Jane Austen: Emma (1816) e Persuasão (1818). Em Emma, é narrada a história da personagem-título, uma bela jovem com fortuna e prestígio social, que não deseja se casar, mas exalta-se ao “arranjar” casamentos. Sendo assim, o enredo se desenvolve com Emma em busca de um parceiro que ela considere digno de sua amiga Harriet. Em Persuasão, a narrativa se inicia com o fato de que Anne Elliot foi persuadida a não se casar com o jovem por quem era apaixonada, e, após oito anos, o reencontro de ambos faz com que Anne reflita sobre as suas ações do passado. Dessa forma, são evidenciadas as ironias que Jane Austen utilizou para criticar as normas sociais de sua época e as diferentes significações da presença e da ausência de um casamento na vida de uma mulher a partir de sua classe social. Para isso, foram utilizados os conceitos de ironia, mais especificamente, a observável e a situacional, de Muecke. Nesse sentido, este trabalho está presente no ramo literário da Literatura Comparada, pois analisa os aspectos semelhantes e divergentes em duas obras. Assim, visamos contribuir para a ampliação do conhecimento de obras escritas por autoras femininas, a fim de que seja dada voz às mulheres para falarem por si mesmas de diversas questões sociais e humanas. Palavras-chave: Jane Austen; casamento; posição da mulher; ironia; sociedade inglesa do século XIX.
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    A literatura indígena como mecanismo de luta e resistência dos povos originários do Brasil
    (Centro Universitário Barão de Mauá, 2023-12) Rayssa Martins de Oliveira ; Me. Elaine Christina Mota
    Este trabalho tem o objetivo de analisar de que forma a literatura indígena atua como mecanismo de luta e resistência para os povos originários do Brasil. Com essa finalidade, é feita uma análise de um longo processo histórico que produziu uma imagem inferiorizada dos povos indígenas, ou seja, as consequências da colonização do Brasil e da invasão territorial de 1500 e como isso influenciou diretamente os povos nativos. Nesse sentido, considera-se a educação como meio essencial para assegurar uma aprendizagem direcionada para equidade, ética e respeito, desconstruindo o molde estereotipado designado aos povos indígenas. Assim, é discutido tanto como as leis funcionam quanto como a inserção dos saberes e conhecimentos indígenas no currículo escolar garantem uma educação voltada para a valorização da diversidade. Dessa forma, a relevância do atual trabalho se dá por meio do reconhecimento da literatura indígena como ferramenta de combate ao silenciamento e discriminação, bem como a compreensão do papel transformador e humanizador da literatura. Ademais, entende-se que, por meio da literatura, é possível identificar as contribuições dos povos indígenas para a formação cultural do país. Os procedimentos metodológicos consistem em revisão da literatura teórica e análise documental, objetivando analisar as informações e conhecimentos acerca do tema literatura indígena e, ainda, analisar documentos que citam os povos originários no âmbito da educação, como a LDB e a BNCC. Além disso, há uma proposta de aula voltada para a análise crítica da literatura indígena, permitindo que o leitor reflita sobre a diferença do enfoque de uma aula de literatura eurocêntrica e de uma aula de literatura indígena. O referencial teórico é composto por autores da área de história e arqueologia, como Darcy Ribeiro e Reinaldo José Lopes. A pesquisa também é embasada nas contribuições de autores indígenas e suas produções literárias, como Daniel Munduruku, Janice Thiél, Eliane Potiguara, Márcia Wayna Kambeba, entre outros. Palavras-chave: literatura indígena; diversidade; temática indígena; equidade; resistência indígena.