Graduação (Psicologia)
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ItemA ansiedade no retorno ao ensino presencial: fatores protetivos e estressores em graduandos de psicologia(Centro Universitário Barão de Mauá, 2022-12) Anielle Karen Domingos da Silva ; Júlia Lopes Vieira ; Alessandra Ackel RodriguesA entrada na universidade é uma transição cercada de expectativas, conflitos e mudanças em diversas áreas, tais como cognitiva, afetiva, social e comportamental. A necessidade de adaptação ao desconhecido ocorre com os novos ciclos sociais e compromissos de estudos e tarefas. A pandemia de COVID-19, em 2020, foi um evento estressor adicional à adaptação acadêmica, exigindo isolamento social e aulas remotas. Já o retorno presencial em 2022 trouxe o desafio da adaptação a essa modalidade de ensino, bem como aos relacionamentos sociais. Este estudo objetivou avaliar os níveis de sintomas ansiosos em estudantes universitários com o retorno ao ensino presencial. Para tanto, realizou-se um estudo de levantamento online, descritivo e de recorte transversal com 21 graduandos do 3º ano de Psicologia. Eles responderam ao questionário sociodemográfico e de vida acadêmica elaborado pelas pesquisadoras e ao Inventário de Ansiedade de A Mente Vencendo o Humor. A análise de dados foi quantitativa, com estatística descritiva e inferencial. Os níveis de sintomas ansiosos dos estudantes foram de 32,57 (±13,74) pontos, porém, 47% deles apresentaram escores acima do valor médio encontrado na amostra. Os sintomas ansiosos mais apresentados pelos estudantes foram dificuldade para se concentrar, preocupação excessiva, insônia, cansaço, tensão muscular, taquicardia, tontura e sudorese. Com relação aos fatores estressores, em 2020, 14,3% dos estudantes indicaram extrema dificuldade de relacionamento com os colegas, 4,8% em lidar com as exigências de estudo, 9,5% em lidar com os prazos para entrega de trabalhos e 19% adaptar-se às provas. Já em 2022, 19% dos estudantes indicaram extrema dificuldade de relacionamento com os colegas, 4,8% com professores, 19% em lidar com as exigências de estudo, 14,6% em lidar com os prazos para entrega de trabalhos, 28,6% adaptar-se às provas e 76% dos estudantes pensa/pensou abandonar o curso. Em relação aos fatores que contribuíram para adaptação, na comparação de 2020 e 2022, houve um aumento da percepção de apoio de familiares (de 19% para 33,3%), colegas de sala (de 9,5% para 19%) e professores (de 14,3% para 23,8%), o que pode sugerir um estreitamento dos laços sociais durante a graduação, mesmo com as dificuldades impostas pela pandemia. O teste de correlação de Spearman indicou maiores escores no inventário para estudantes que informaram entre seus gatilhos para ansiedade: trabalhos em grupo (r=0,650; p=0,001), apresentar seminários (r=0,766; p=0,000), fazer novas amizades (r=0,662; p=0,001), conversar pessoalmente com um colega (0,580; p= 0,006) e perguntar algo durante a aula (0,623; p=0,003). Tais resultados podem sugerir um efeito do período pandêmico na formação de vínculos sociais destes estudantes durante o início da graduação, o que poderia contribuir para uma dificuldade atual no tocante às interações sociais. Faz-se necessário pensar em propostas de intervenções no âmbito acadêmico, visando o desenvolvimento de habilidades interpessoais, coesão grupal e o fortalecimento da relação professor-aluno nos estudantes que passaram pelo ensino emergencial remoto nos anos iniciais da graduação e retornaram presencialmente em 2022, a fim de se promover saúde mental no âmbito universitário. Palavras-chave: Ansiedade. Universitários. Fatores protetivos. Fatores estressores.
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ItemA atuação do psicólogo hospitalar: um olhar fenomenológico a partir da percepção dos profissionais da saúde(Centro Universitário Barão de Mauá, 2021-12) Beatriz Gomes Braga ; Ricardo Mancera Uzuelle ; Me. Felipe de Souza ArecoA psicologia enquanto ciência e profissão contribuiu para o desenvolvimento da saúde dos indivíduos, atendendo as necessidades na instituição hospitalar. O psicólogo especialista em Psicologia Hospitalar tem função centrada em atenção secundária e terciária à saúde, atuando em instituições de saúde e realizando atividades no âmbito de atendimento psicoterápico. Este trabalho tem como objetivo compreender o papel do psicólogo no âmbito hospitalar a partir da percepção dos profissionais de saúde e identificar de que forma a psicologia tem contribuído para a saúde mental no ambiente hospitalar. A psicologia no campo da saúde vem se constituindo como uma das formas de se compreender o adoecimento e as maneiras pelas quais o homem pode manter-se saudável. O desejo em questão é possibilitar uma aproximação entre o psicólogo e os outros integrantes de uma equipe de saúde. Os profissionais de saúde vivenciam as mais variadas situações traumáticas em seu trabalho e compreender por meio de suas percepções a atuação do psicólogo hospitalar poderá gerar uma melhor aproximação de tais profissionais da saúde, para que então ocorra a possibilidade de contribuição na saúde mental desses profissionais. O método fenomenológico permite penetrar o fenômeno vivido por meio de uma densa análise sobre significações dadas aquelas experiências, pois cada indivíduo significa um fenômeno de maneiras diferentes, sendo diretamente relacionado esse significado com a maneira daquele sujeito existir. A proposta de humanização da assistência à saúde visa à melhoria da qualidade de atendimento ao usuário e das condições de trabalho para os profissionais. Os profissionais de saúde constituem um grupo de risco por estarem expostos diretamente aos pacientes, o que faz com que recebam uma alta carga de problemas emocionais e estão submetidos a elevado estresse. É possível identificar nas falas tais experiências. Neste estudo foi possível compreender a dinâmica dos entrevistados em sua vivência hospitalar e o déficit de autocuidado em saúde mental para os profissionais de saúde. E o cuidar para cuidar do próximo visa à valorização do profissional e contribui para uma equipe mais saudável nos sentidos físicos e psicológicos. Palavras-chave: Psicólogo Hospitalar. Fenomenologia. Percepção. Profissionais da Saúde.
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ItemA escuta psicanalítica na saúde pública(Centro Universitário Barão de Mauá, 2022-12) sabela Rosa Lara ; Sávia Caroline Azarias ; Dra. Graziela A. Nogueira de Almeida RibeiroA partir da criação do Sistema Único de Saúde (SUS), observa-se a ampliação do conceito de clínica e a presença do psicólogo em uma equipe multiprofissional. Com a entrada da psicologia na saúde pública brasileira, também se abre uma nova área de atuação para a psicanálise. Objetivaram-se neste estudo realizar uma revisão integrativa da literatura científica brasileira sobre o trabalho psicanalítico nas instituições de saúde pública no Brasil e analisar como se dá o processo da escuta psicanalítica nesse contexto. A coleta de dados foi realizada por meio da busca de artigos nas bases de dados Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Index Psi Periódicos Técnico-Científicos, utilizando a combinação dos descritores: "psicanálise", "saúde pública", "psicoterapia", "instituição" e "saúde mental". A amostra final foi composta por seis artigos científicos e foram estabelecidos os seguintes critérios de inclusão: estudos em português publicados entre 2012 e 2022, realizados com adultos e segundo a abordagem freudiana. Foram encontrados 695 artigos, dos quais foram excluídos 549 pelo título, 130 após a leitura do resumo, cinco após a leitura do texto na íntegra, quatro artigos foram repetidos e um não foi encontrado. Os resultados possibilitaram a discussão sobre o acesso à psicanálise, e à sua escuta, por outras populações que não aquelas do consultório, bem como compreender, criticamente, a necessidade de suas contribuições em outros settings. Palavras-chave: Psicanálise. Saúde pública. Psicoterapia. Instituição. Saúde mental.
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ItemA experiência de cuidadores familiares de pessoas em sofrimento mental(Centro Universitário Barão de Mauá, 2021-12) Helen Julia Aparecida da Silva ; Leonardo Chagas Mota ; Tayná Colturato Morais ; Dra. Vanessa Cristina MachadoPor muito tempo o cenário psiquiátrico no Brasil foi caracterizado por internações indiscriminadas, marcadas pelas condições desumanas, afastamento familiar e ausência de perspectiva de alta. Em 2001, com o advento da Lei nº 10.216, nomeada de Lei da Reforma Psiquiátrica, foi alterado o modelo de assistência em saúde mental e garantido os direitos das pessoas em sofrimento mental. A partir do processo de desinstitucionalização, a família foi incluída como corresponsável pelos cuidados das pessoas em sofrimento mental, sendo uma estratégia de aproximação do paciente ao convívio sociofamiliar. Diante desse contexto, o objetivo deste presente trabalho foi analisar as experiências do familiar nos cuidados prestados à pessoa em sofrimento mental, desde as adversidades experimentadas até o potencial apoio ao tratamento e melhora do quadro clínico. Atendendo às recomendações éticas, a pesquisa se iniciou após a aprovação do Comitê de Ética e pesquisa do Centro Universitário Barão de Mauá. Para o desenvolvimento do estudo, foi realizada uma pesquisa qualitativa, baseada em uma amostragem não probabilística, por meio do método “bola de neve”, sendo que um participante nomeado como “semente” indicou outros participantes. Enquanto critério de seleção dos entrevistados foram considerados a capacidade de cognição e verbalização para compreender o roteiro da entrevista, vínculo familiar e ser cuidador de pessoa em sofrimento mental. Como instrumento de pesquisa foi aplicado um roteiro de entrevista semiestruturada que possibilitou a captação dos dados, os quais, posteriormente, foram submetidos à análise de conteúdo dos resultados. Após transcrição e leitura das entrevistas, foram constituídas três categorias temáticas. A primeira categoria temática, “dificuldades encontradas no cuidado”, desmembrou-se em quatro subcategorias, dentre elas foram discutidas as dificuldades econômicas, o cuidado exercido de maneira integral e solitária, a sobreposição de outras atividades ao cuidado, bem como o isolamento e restrições sociais/familiares. Na segunda categoria temática, “facilitadores do cuidado”, foram discutidas três subcategorias, incluindo as potencialidades e disponibilidade interna para o cuidado, a importância da rede social de apoio emocional e informacional, assim como o acesso a cuidados profissionais. E por fim, a última categoria temática, “contribuições do cuidador ao tratamento do familiar adoecido”, abordou duas subcategorias, discutindo os cuidados gerais através da perspectiva do cuidador e como o cuidado familiar pode auxiliar na adesão ao tratamento e, assim, prevenir novas crises e internações. De maneira geral, por meio da análise dos relatos trazidos pelos entrevistados, notou-se que existem muitas dificuldades envolvidas na experiência do cuidado, incluindo dúvidas com relação ao diagnóstico, a como manejar os sintomas decorrentes do sofrimento mental, além das limitações financeiras, restrições sociais e preconceito enfrentados. Por meio dos relatos, notou-se também a importância do papel do cuidador para a pessoa em sofrimento mental, favorecendo a manutenção do tratamento e estabilidade do quadro. Espera-se que este trabalho se some a outras discussões na área, contribuindo para o avanço teórico e prático no que diz respeito à importância da valorização e cuidado do cuidador familiar no contexto da saúde mental. Palavras-chave: Sofrimento mental. Família. Cuidador familiar.
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ItemA importância da psicoterapia breve para as demandas de urgência: vivências e experiências(Centro Universitário Barão de Mauá, 2022-12) Marcelo Monteiro de Souza ; Naiara Alves Pereira ; Dra. Fernanda Pessolo RochaOs serviços de atendimento de urgência como o plantão psicológico e a psicoterapia breve são importantes meios de acesso da comunidade ao cuidado mental. Entre as demandas de urgência destacam-se: a dificuldade de regulação emocional; a dificuldade nos relacionamentos interpessoais; os sintomas depressivos; os sintomas ansiosos; a angústia; o luto e a ideação suicida. O presente estudo teve por objetivo verificar a importância do atendimento de psicoterapia breve em pacientes que apresentam demandas de urgência. A amostra foi composta por 4 (quatro) pacientes de ambos os sexos com idade acima de 18 (dezoito) anos que compareceram a 5 (cinco) sessões de psicoterapia breve. Os participantes foram submetidos a entrevista semiestruturada e a aplicação do Inventário Breve de Sintomas (BSI) em dois momentos distintos do tratamento em psicoterapia breve: o primeiro se refere ao início do tratamento, e o segundo, após a finalização. Os resultados coletados nas duas entrevistas foram submetidos à análise de conteúdo segundo os pressupostos teóricos de Bardin (1977) em três fases distintas: pré-análise; exploração do material; tratamento dos resultados – inferência - interpretação. A partir dessa análise, levantou-se as principais categorias alusivas ao estado emocional dos participantes no momento da primeira entrevista e os achados foram: “Sofrimento psíquico”; “Relacionamento interpessoal” e “Luto”. Essas categorias se ramificaram em subcategorias que esclarecem em maior grau as demandas, assim como o seu nível de gravidade levadas à urgência pelos entrevistados. São elas: “Ideação suicida”; “Reações emocionais”; “Problemas com a parceira” e “Problemas familiares”. Na segunda fase do estudo, as principais categorias foram: “Suporte psicossocial”; “Autoconscientização” e “Melhora dos relacionamentos interpessoais”, as quais atestaram a melhora no estado emocional dos participantes. Mediante a aplicação do Inventário Breve de Sintomas (BSI), obtiveram-se os resultados das nove dimensões avaliadas dos quatros participantes: “Somatização”; “Obsessivo-Compulsivo”; “Sensibilidade Interpessoal”; “Depressão”; “Ansiedade”; “Hostilidade”; “Ansiedade Fóbica”, “Ideação Paranoide” e “Psicoticismo”. A presente pesquisa respaldada pelos resultados significativos na melhora do estado emocional do paciente frente às demandas de urgência ressalta a importância da inserção da psicoterapia breve nos ambulatórios de saúde mental a fim de acolher de forma rápida e eficaz a população que necessita de acolhimento psicológico imediato. Palavras-chave: Psicoterapia breve. Demandas de urgência. Psicologia.
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ItemA percepção de tamanho e forma corporal: uma pesquisa em tempos de pandemia(Centro Universitário Barão de Mauá, 2022-12) Eduardo Camilo Nascimento ; Virginia Thauana Araujo de Souza ; Dra. Graziela Aparecida Nogueira de Almeida RibeiroA Imagem Corporal (IC), pode ser definida como a forma como indivíduo experiencia seu próprio corpo, tendo ligação com uma organização cerebral, em que envolve aspectos sensoriais e de desenvolvimento. Trata-se de um conceito multidimensional, que abrange processos fisiológicos, cognitivos, psicológicos, emocionais e sociais. Ao longo das últimas décadas tem se observado a supervalorização da boa forma e aparência de corpo e imagem por meio de uma crescente obsessão pela magreza e rejeição à obesidade. Pessoas que não se encaixam nesse padrão podem experimentar uma visão negativa sobre o próprio corpo e sobre o corpo do outro também. Vários são os fatores, internos e externos, que podem contribuir para a avaliação da imagem corporal. Nesse sentido, questiona-se o quanto o evento estressor vivenciado pela pandemia da Covid-19 possa ter também contribuído para avaliações mais negativas. O presente estudo, de caráter quantitativo comparativo, teve como objetivo a avaliação de como a pandemia afetou a autopercepção corporal de tamanho de jovens universitários, em uma comparação entre os cursos de Psicologia e Fisioterapia. Participaram do estudo 108 universitários de uma instituição privada, localizada no interior de Ribeirão Preto no ano letivo de 2022. Após aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa, a coleta de dados foi realizada nas salas de aulas em horários normais das atividades acadêmicas, em dias e horários diferentes, considerando-se a disponibilidade das turmas e dos professores que precisaram autorizar previamente a coleta na sua aula. Utilizaram-se três questionários breves, todos construídos para a finalidade do estudo, sendo eles um Questionário sociodemográfico, um Questionário sobre a influência da pandemia de Covid-19 na percepção corporal e um Questionário breve de satisfação corporal. Foi também utilizada a Escala de Desenhos de Silhuetas. A avaliação ocorreu em quatro momentos, de forma coletiva, obedecendo-se a seguinte ordem: 1- preenchimento do Questionário sociodemográfico, do Questionário sobre a influência da Pandemia de Covid-19 e da primeira questão do Questionário breve de satisfação corporal. 2- Apresentação de uma imagem de uma pessoa magra e preenchimento da segunda questão do Questionário breve de satisfação corporal. 3- Apresentação de uma imagem de uma pessoa gorda e preenchimento da terceira questão do Questionário breve de satisfação corporal. 4- Preenchimento da Escala de Desenhos de Silhuetas. Após análise descritiva dos dados, foram realizadas análises comparativas por meio do teste estatístico de Mann-Whitney e teste de Wilcoxon, através do SPSS-19. Observou-se que 28,4% dos alunos de Fisioterapia tinham a média de idade de 21 anos (+ 4,5 anos) e IMC médio de 24 kg/m² (+ 5,6 kg/m²). Sobre o curso de Psicologia, 71,6% dos alunos tinham a média de idade de 24 anos (+ 7,8 anos) e IMC médio de 23 kg/m² (+ 4,1 kg/m²). Ao se comparar as respostas de todos os participantes, antes da exposição à imagem magra, a maioria dos participantes referiam mais sentimentos de insatisfação com o tamanho e a forma corporal. No entanto, após à primeira exposição, observou-se maior distribuição das respostas, com diminuição significativa das respostas referentes à insatisfação e aumento das respostas de satisfação. Essa diferença se acentua após a exposição à figura obesa, quando se observou uma diminuição às respostas de insatisfação, logo causando um aumento extremo das respostas de satisfação. Observou-se a presença de indicadores de distorção e insatisfação corporal em ambos os cursos, principalmente entre a população feminina. A pandemia foi um evento estressor que parece ter tido um papel potencializador na visão negativa sobre tamanho e forma corporal, causando resultados negativos significativos. Acerca dos aspectos socioemocionais, os estudantes de Psicologia apresentaram uma visão mais positiva sobre satisfação corporal, talvez pelo fato de serem convidados ao longo do curso a buscarem recursos de enfrentamento como de psicoterapia e de discussões críticas sobre temáticas como essa. Levando em consideração que o presente estudo foi realizado com estudantes da área da saúde, que possuem como base principal a promoção de saúde e a prevenção de doença, entende-se a importância do desenvolvimento de recursos de fortalecimento, como por exemplo, a psicoterapia, que possibilita uma melhor forma de enfretamento para as situações difíceis como a vivida pela pandemia. Palavras-Chave: Imagem Corporal. Percepção de tamanho. Percepção de forma. Psicologia. Fisioterapia.
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ItemA psicologia hospitalar no enfrentamento da pandemia de COVID-19: vivências de profissionais que foram alento em meio ao caos(Centro Universitário Barão de Mauá, 2022-12) Ana Elisa da Silva ; Yara Castaldini ; Danubia Cristina de PaulaA pandemia do coronavírus (COVID-19) foi um marco histórico mundial e teve grande impacto na vida das pessoas e no cuidado em saúde. Em meio a este cenário, os profissionais da saúde ocuparam lugar de destaque e os profissionais de psicologia hospitalar tiveram que encarar este novo desafio. Perante algo tão novo e desafiador, fez-se necessário compreender a repercussão desta vivência em tais profissionais. Considerando isso, o presente trabalho teve como objetivo compreender a vivência e percepção dos profissionais de psicologia hospitalar sobre sua atuação durante a pandemia de COVID-19, em hospitais terciários vinculados ao Sistema Único de Saúde da cidade de Ribeirão Preto, São Paulo. A pesquisa foi conduzida de forma qualitativa e utilizou-se da técnica de análise temática de conteúdo. Participaram do estudo seis profissionais da psicologia, indicadas por outros profissionais e pelas pesquisadoras, que trabalharam na linha de frente de serviços terciários vinculados ao Sistema Único de Saúde durante a pandemia de COVID-19, e ainda, que preencheram os critérios de seleção. As informações foram coletadas por meio de questionário geral e entrevista semiestruturada, seguindo todos os protocolos éticos necessários. Após a transcrição e análise dos conteúdos emergentes, os resultados foram divididos em três categorias temáticas. A primeira delas “COVID-19: desafios e mudanças” trouxe o que se pôde obter dos relatos de vivências de uma situação inesperada, a pandemia, e as adaptações necessárias para seu enfrentamento, utilizadas pelas profissionais entrevistadas. A segunda categoria, “Cotidiano de trabalho e equipe multidisciplinar” foi uma análise das mudanças efetivas no trabalho em psicologia hospitalar durante o enfrentamento do novo vírus pelas entrevistadas, além de destacar importantes aspectos da relação de trabalho em equipe multidisciplinar, que teve sua importância intensificada no período. Por fim, na última categoria temática intitulada de “Saúde e o trabalho na linha de frente” foram analisados os efeitos físicos e emocionais da pandemia dentre as entrevistadas. De forma geral, os resultados expressos mostraram que, no enfrentamento da pandemia, a atuação dos psicólogos hospitalares foi crucial, o que não os eximiu das consequências de um contexto de trabalho incerto e de muita pressão. A pesquisa buscou compreender e aprofundar o conhecimento sobre a temática, servindo como reflexão em relação ao trabalho do psicólogo perante situações complexas de cuidado em saúde, como a vivenciada durante a pandemia, visando também a valorização e desenvolvimento de estratégias de cuidado para os próprios profissionais. Palavras-Chave: Saúde mental. Psicologia hospitalar. COVID-19. Pandemia.
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ItemA terapia assistida por cães como intervenção no transtorno do espectro autista(Centro Universitário Barão de Mauá, 2021-12) Giulia Sales Francisco ; Sarah Helena Prioli ; Dr. Gelson Genaro ; Me. Alessandra Ackel RodriguesO transtorno do espectro autista (TEA) é uma condição global do neurodesenvolvimento que interfere no comportamento, sociabilidade e comunicação. Como representa uma condição que persiste ao longo da vida, diferentes tipos de intervenções têm sido criadas. A terapia assistida por animais (TAA) é um conjunto de intervenções terapêuticas com introdução do animal como parte integrada ao tratamento, favorecendo o trabalho com algumas dificuldades características de pessoas com TEA. Diversos animais podem ser utilizados neste tratamento e cinoterapia é o nome utilizado quando a atividade é facilitada por cães. Este estudo objetivou identificar, através da literatura disponível, os benefícios da cinoterapia utilizada no tratamento de pessoas com TEA. Para tanto, realizou-se uma revisão narrativa da literatura nacional, dentre os anos de 2007 à 2021, incluindo artigos, dissertações, trabalho de graduação e especialização. Foram incluídos nesta análise 9 trabalhos, cujos resultados foram sintetizados em duas categorias: 1) vantagens dos cães como co-terapeutas e 2) benefícios da cinoterapia associada ao TEA. Na categoria 1, notou-se que o cão na TAA trabalha como mediador, ponte e facilitador da relação terapêutica, sendo um estímulo motivacional para as crianças e, através da sua própria personalidade, é capaz de evocar estados mentais eficazes nas crianças com TEA. E na categoria 2, observou-se vários benéficos encontrados nesta forma de intervenção, sendo maiores os benefícios emocionais, seguidos por benefícios sociais, devido a interatividade e sociabilidade, benefícios cognitivos, devido ao estímulo de mecanismos mentais e benefícios físicos, devido ao fato de o cão eliciar na criança a realização de exercícios. Conclui-se que a literatura é escassa em estudos sobre o tema. Apesar disso, a cinoterapia é uma modalidade de tratamento interdisciplinar e promissora no TEA, sugerindo a necessidade de futuros estudos que abordem a temática para melhor compreensão de como são as atividades junto ao animal, o adestramento do cão, a forma como o psicólogo(a) trabalha junto ao cão, bem como os tipos de atividades realizadas durante as terapias e a clarificação da interação entre criança, cão e terapeuta. Palavras-chave: Transtorno do espectro autista. Terapia assistida por animais. Cinoterapia.
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ItemAcesso ao processo transexualizador oferecido pelo SUS: perspectivas e expectativas da pessoa trans(Centro Universitário Barão de Mauá, 2020-12) Gabriela de Oliveira ; Isabella Zeri Ceolotto ; João Pedro de Almeida Fernandes ; Vanessa Cristina MachadoO presente trabalho abordou questões referentes à transexualidade e transgeneridade, que demandam do Estado e dos serviços públicos de saúde um tratamento especializado, com atendimentos que contemplem as necessidades dessa população, especialmente no que se refere ao acesso aos de transição de gênero e de transformação corporal, entendidos como parte de seus processos de saúde e doença. O objetivo da pesquisa foi investigar como se dá o acesso ao processo transexualizador oferecido pelo SUS, incluindo a exploração sobre as dificuldades e facilidades enfrentadas no processo, os meios alternativos para a busca da transição de gênero, a garantia dos direitos sociais e à saúde, bem como as perspectivas futuras. Atendendo às recomendações éticas, esta pesquisa somente teve início após apreciação e aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário Barão de Mauá, quando então, foi realizado contato com os participantes e a coleta de dados foi realizada mediante consentimento por meio da assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, garantindo o sigilo e anonimato dos participantes. Quanto ao método utilizado, foi realizada uma pesquisa do tipo qualitativa, baseado em uma amostragem não probabilística a partir do método denominado “bola de neve”, alcançando o número de três participantes, cujo processo de inclusão baseou se nos seguintes requisitos: ser indivíduo transgênero, usuário do processo transexualizador do SUS e com capacidade de cognição e verbalização para compreender o roteiro de entrevista Enquanto instrumento de pesquisa, foi aplicado um roteiro de entrevista semiestruturada, que abordou questões relativas ao acesso ao processo transexualizador; a entrevista foi aplicada de maneira remota. Após transcrição do material coletados, os dados foram analisados por meio da análise de conteúdo temática, por meio da qual foram constituídas duas categorias temáticas, dividida em outras subcategorias. Assim, na primeira categoria temática, barreiras ao acesso, foram discutidas as barreiras ao acesso ao processo transexualizador e o desdobramento das barreiras. E, na segunda categoria temática, facilitadores do acesso ao processo, foram abordados os facilitadores existentes e os facilitadores potenciais e perspectivas. Com os resultados, foi possível explorar a influência do acesso ao processo quanto à garantia dos direitos fundamentais da população trans, como o acesso à saúde como um todo e a diversos outros direitos sociais, além de abordar as perspectivas dessa população quando ao processo transexualizador. O objetivo da pesquisa foi alcançado, apesar das dificuldades. No entanto, ainda há um longo caminho a ser percorrido.
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ItemAdoção: a perspectiva de profissionais de acolhimento institucional(Centro Universitário Barão de Mauá, 2023-12) Isabela Cristina Abilio Bonisenha ; Patrícia Helena Pereira Dias ; Me. Mayara ColletiHistoricamente, a adoção era vista como uma forma de manter a estrutura familiar e não havia preocupação com os direitos e necessidades emocionais e psicológicos das crianças/adolescentes. No entanto, ao longo do tempo, o processo de adoção sofreu mudanças legais. Mesmo assim, mudar comportamentos históricos não é suficiente e requer sensibilidade às questões subjetivas e ao bem-estar das crianças/adolescentes. Considerando isso, o presente trabalho teve como objetivo compreender o processo de preparação para adoção de crianças/adolescentes na perspectiva de profissionais da equipe técnica de acolhimento institucional. Trata-se de um estudo de caráter exploratório, descritivo, de corte transversal, amparado na abordagem qualitativa de pesquisa, no qual utilizou-se a análise temática de conteúdo para organização dos dados. Participaram do estudo sete técnicas de serviço de acolhimento institucional, sendo, quatro psicólogas e três Assistentes Sociais, atuantes em sua maioria no estado de São Paulo e uma delas no estado do Pará. Os instrumentos utilizados para a coleta de dados foram (a) formulário de dados sociodemográficos e (b) roteiro de entrevista semiestruturada. As entrevistas foram gravadas em áudio e, posteriormente, transcritas na íntegra. O corpus de pesquisa foi organizado por meio de análise de conteúdo temática e a análise e interpretação dos dados pautou-se na literatura disponível sobre o tema. A partir da análise do material coletado, pôde-se elaborar, em diálogo com a literatura, 4 categorias temáticas que convergiram de maneira marcante para enfatizar a importância fundamental de dar voz e participação ativa às crianças no processo de adoção. Assim, espera-se que os resultados desta pesquisa contribuam para uma abordagem centrada nas necessidades e subjetividade das crianças e adolescentes, bem como mais comprometida com o seu bem-estar e melhor interesse. Palavras-Chave: criança e adolescente; adoção; acolhimento institucional.
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ItemAlterações na qualidade de vida da mulher durante o puerpério(Centro Universitário Barão de Mauá, 2022-12-01) Helena Nunes da Rocha ; Isabella Del Picchia Sandrin ; Dra. Fernanda Pessolo RochaNo puerpério a mulher passa por grandes mudanças em vários aspectos, incluindo psicológico, preocupações financeiras e de saúde, causando estresse e ansiedade. Neste período, geralmente, ela não recebe a mesma assistência do que na gravidez, a mulher precisa ser atendida em sua totalidade, a atenção puerperal de qualidade e humanizada é essencial para a saúde materna e neonatal. O objetivo deste trabalho é compreender os fatores sobre a qualidade de vida e saúde de mulheres primigestas durante a fase puerperal, na cidade de Ribeirão Preto - SP, abrangendo as dimensões psicológicas, sociais e culturais. Para a coleta de dados foram selecionadas 4 (quatro) mulheres primigestas, com idades entre 25 (vinte e cinco) e 40 (quarenta) anos. As participantes foram convidadas a partir do método bola de neve, todas responderam a uma entrevista semiestruturada e individual e ao questionário WHOQOL-bref, que tem como objetivo medir genericamente, multidimensionalmente e multiculturalmente a qualidade de vida. As entrevistas aconteceram na residência das participantes, todas foram gravadas e transcritas na íntegra. O tratamento de dados se deu através dos pressupostos teóricos de Bardin (1977), com integração dos dados qualitativos seguindo os três polos cronológicos de pré análise, exploração do material e tratamento dos resultados. Após a análise qualitativa das entrevistas foram levantadas categorias sobre os aspectos gerais da qualidade de vida das participantes, na qual as que tiveram destaque foram equipe multiprofissional, companheiro, apoio familiar, amamentação, acesso à informação e sentimentos negativos. Foi possível constatar que o período do puerpério pode alterar a qualidade de vida; a importância do suporte psicossocial nesse momento, bem como assistência de uma equipe saúde multidisciplinar para promover cuidado específicos na puérpera. Palavras-chave: Puerpério. Mulher. Psicologia. Qualidade de vida.
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ItemApego e dificuldades de relacionamentos afetivos em mulheres(Centro Universitário Barão de Mauá, 2022-12) Maria Eduarda Neres Prates ; Vitória Sacchi ; Alessandra Ackel RodriguesDurante o desenvolvimento infantil, são estabelecidas diversas características que dizem respeito ao modo como se dá a vinculação dos indivíduos, aspectos que refletem diretamente nas relações comumente direcionadas aos vieses amorosos presentes na vida adulta. Por exercer socialmente um papel mais afetivo, as mulheres se encaminham para relacionamentos que podem se configurar de diversas maneiras e apresentarem em seu desenvolvimento, dificuldades relacionadas a infidelidade, violência e dependência. O objetivo deste estudo foi analisar as características do apego e compreender as dificuldades de relacionamentos afetivos em mulheres. Foi realizado um estudo de levantamento online, descritivo, de abordagem quantitativa e recorte transversal. O protocolo de coleta de dados contou com 20 perguntas, sendo que parte delas solicitava a avalição subjetiva das participantes acerca de uma temática, com respostas variando de 0 a 5. O recrutamento das participantes se deu por meio de redes sociais e participaram 203 mulheres, sendo sua maioria entre 18 e 30 anos (78,8%), heterossexuais (55,2%), solteiras (78,8%), cursando o ensino superior (50,7%), atualmente em um relacionamento (68%), com duração de 2 a 5 anos (29,6%) ou menos de 6 meses (24,1%). As participantes avaliaram seu relacionamento afetivo, em comparação ao relacionamento com os pais, como mais afetuoso (183) e amigável (187), já as características hostil (54) e conflituoso (92) foram mais acentuadas no relacionamento com os pais. Ambos os relacionamentos foram avaliados como estáveis. Com relação às características dos relacionamentos, destacaram-se: compreensivo (166), comunicativo (134), amável (175), empático (149), independente (110) no relacionamento afetivo e incompreensivo (83), pouco comunicativo (109), agressivo (54), apático (61) e dependente (121) relacionamento com os pais. No que se refere aos sentimentos predominantes nos relacionamentos, os agradáveis (alegria, felicidade, confiança, segurança e amor) foram frequentes tanto nos relacionamentos familiares como afetivos. Já os desagradáveis (medo, raiva, frustração e desconfiança) foram apontados em menor frequência de modo geral, mas ligeiramente em níveis mais elevados nos relacionamentos familiares. Em relação às dificuldades no relacionamento afetivo, ressaltaram-se comunicação (66), demonstração de afeto (99) e medo do abandono (35). O estudo propiciou tecer relações entre características dos relacionamentos estabelecidos na infância e na vida afetiva adulta, confirmando que o papel das primeiras relações perpassa a vida. Além disso, nota-se que características descritas nesta amostra como segurança, confiança, compreensão, comunicação e amabilidade contribuem para o estabelecimento de relações de apego seguras, sendo essas fatores protetivos para a saúde mental. Palavras – chave: Apego. Mulheres. Relacionamentos.
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ItemArte como produção de cuidado no campo da atenção psicossocial: uma revisão integrativa da literatura nacional(Centro Universitário Barão de Mauá, 2021-12) Ana Lívia Jardim Justino da Silva ; Eliana de Souza Contiliani ; Dra. Vanessa Cristina MachadoA reforma psiquiátrica traz modificações na assistência que se dá ao louco e ao entendimento sobre a loucura, estabelece o rompimento com o paradigma asilar e propõe o modelo da atenção psicossocial. O paradigma psicossocial defende a diversidade de ações na oferta de cuidado para contemplar as diversidades dos sujeitos. Desta forma, a arte é um dos recursos que se somam às intervenções psicossociais oferecidas no campo saúde mental. Portanto, este trabalho realiza um levantamento através da revisão integrativa da produção científica nacional publicada na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) acerca do uso da arte na produção do cuidado em saúde mental na atenção psicossocial, reunindo as principais informações contidas nos trabalhos selecionados e analisando os resultados obtidos através do Paradigma da Atenção Psicossocial. A coleta da amostra foi realizada a partir da combinação dos descritores Arte, Cultura e Saúde Mental. Foram pré-selecionados textos integrais em língua portuguesa publicados entre 2011 e 2021. Chegou-se a um total de 30 trabalhos, distribuídos em diferentes bases de dados. Obedecendo critérios de exclusão chegou-se a uma amostra final de cinco textos. Foram extraídas informações como área de especialidade dos periódicos, sendo dois deles da área da Psicologia e três das áreas de Saúde Pública/ Saúde Coletiva. Os trabalhos objetivavam investigar, compreender, analisar e discutir o processo histórico da inclusão das atividades Artístico-Culturais (AC) nos serviços, bem como o papel dessas atividades enquanto estratégia do processo de reabilitação psicossocial. A metodologia empregada foi exclusivamente qualitativa. Os textos usaram como instrumento de coleta observações, estudo de caso, questionários, entrevistas semiestruturadas, registros etnográficos, avaliação de qualidade de vida -WHOQOL-bref e registro de relato espontâneo. A amostra dispunha-se nas regiões Sudeste (Carapicuíba/SP, São Paulo/SP, Rio de Janeiro/RJ e Belo Horizonte/ MG) e Nordeste (Natal/RN). A partir dos resultados foram constituídas três categorias temáticas. Na primeira categoria, aponta-se as atividades AC como terapêuticas e possibilitadoras da ascensão do sujeito de desejo. Na segunda categoria, as atividades AC configuram-se em geração de renda e possibilidade de ascensão do sujeito de direito. No entanto, na terceira categoria discute-se a ausência de atividade AC e os limites. A partir da análise, conclui-se que a Arte pode compor o conjunto de intervenções que visam a produção de cuidado no campo da atenção psicossocial contribuindo nos aspectos: favorecimento da socialização, aumento da autoestima, ascensão do sujeito de desejo e direitos, diminuição de medicamentos, proveito da liberdade e dignidade e o exercício da cidadania. Em alternativa, para superar a noção do uso das atividades AC como forma de entretenimento, requer-se uma vasta pesquisa teórica e inovações práticas no cotidiano dos serviços. Desta forma, assimila-se que as limitações das ofertas de ações AC nos serviços e programas de reabilitação psicossocial derivam da insuficiência da consolidação das políticas públicas na área. Assim, infere-se a necessidade de mais experiências, trocas dos saberes e pesquisas quanto ao uso da Arte atrelado ao cuidado em saúde mental, a fim de acendê-la nas discussões das políticas públicas de produção do cuidado como uma intervenção irreprimível e efetiva na promoção da saúde. Palavras-chave: Arte. Cultura. Saúde Mental.
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ItemAs esferas da atividade e terapia assistida por animais, com ênfase no contexto hospitalar: um estudo de levantamento bibliográfico(Centro Universitário Barão de Mauá, 2020) Ana Laura Toledo Leibal ; Larissa Zucco Gual ; Gelson GenaroAs intervenções assistidas por animais vem sendo cada vez mais difundidas no contexto da saúde e da educação. Os estudos demonstram que é um recurso que possibilita um olhar e tratamento humanizado frente à diversos tipos de demandas. Está pesquisa teve como objetivo analisar as contribuições das modalidades terapêuticas Terapia Assistida por Animais (TAA) e Atividade Assistida por Animais (AAA) para a melhoria da qualidade de vida dos assistidos, através da análise de cada esfera das modalidades, com ênfase no contexto hospitalar. Utilizou-se o levantamento bibliográfico, nas bases de dados Scielo (Scientific Eletronic Library Online), BDTD (Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações), SBU (Sistema de Bibliotecas da Unicamp) e Pepsic (Periódicos Eletrônicos em Psicologia). A base de dados Google Acadêmico também foi consultada. Após a leitura dos resumos e submissão dos mesmos aos critérios de inclusão e exclusão propostos, 35 estudos foram incluídos nesta análise. Os estudos foram categorizados em oito eixos temáticos, através da metodologia análise de conteúdo, sendo eles: “TAA e hospitalização”, “TAA e autismo”, “TAA e psicologia”, “AAA”, “equoterapia”, “bototerapia”, “delfinoterapia”, e “ictioterapia”. O eixo TAA e hospitalização teve a maior quantidade de trabalhos inseridos (13), devido ao enfoque do estudo no âmbito hospitalar. Os resultados demonstraram que as modalidades terapêuticas são eficazes para viabilizar relações interpessoais, quebra da rotina hospitalar, trazer alegria, afeto e amparo, ajuda no desenvolvimento da fala e em habilidades motoras, propicia maior adesão e engajamento ao processo de recuperação, fornece maior capacidade de resiliência, redução do estresse e da solidão. A interação com o animal estimula o aumento da produção do hormônio endorfina, ajudando na diminuição dos efeitos da depressão, da percepção de dor e diminuição da ansiedade. Auxiliam no tratamento de patologias e necessidades especiais, também foram identificados alguns fatores de riscos que podem ocorrer decorrentes ao contato com o animal co terapeuta, como infecções e alergias. Conclui-se que as modalidades terapêuticas possuem diversos benefícios e muito pouco risco em comparação aos benefícios, o recurso deve ser aplicado somente a partir de protocolos padronizados de segurança, atualmente já existe uma quantidade significativa de estudos sobre a área, mas ainda demanda muito mais estudos para o reforço de sua cientificidade.
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ItemAs repercussões da internação em manicômios judiciários na subjetividade humana: uma revisão integrativa da literatura(Centro Universitário Barão de Mauá, 2022-12) Beatriz Yokimi Shimada ; Giovanna Lyssa Ferreira Raphaloski ; Me. Mayara ColletiDiante o passar das civilizações, a loucura e o crime sofreram modificações em suas explicações e apresentações perante a sociedade, que pôr fim categorizou esses sujeitos como fora das normas e não propícios para a convivência em sociedade, sendo assim segregados nos tidos manicômios judiciários. Este estudo de revisão integrativa tem como objetivo conhecer o panorama acerca do processo de institucionalização nos manicômios jurídicos e suas repercussões na subjetividade humana. A questão norteadora foi: quais as repercussões da internação em manicômios judiciários na subjetividade humana? Foram realizadas buscas nas bases de dados BVS, LILACS, SciElo, ReP e PBI, a partir dos descritores: manicômio + jurídico e manicômio + judiciário + subjetividade. Não foi delimitado o ano das publicações. Os artigos perpassam sobre a história da loucura e do crime, seus impactos perante a sociedade e consequente exclusão social desses indivíduos nos manicômios judiciários, atualmente denominado como hospitais de custódia. Destaca-se que, dentro das instituições estão estabelecidas as relações de poder e hierarquização de mentes, através de um discurso tutelar e higienista, colocando assim o sujeito como alguém passivo. Em contrapartida, os internos devem resistir a supressão de sua individualidade e a mortificação de um sujeito que não está dentro das normas sociais. Palavras-chave: manicômio jurídico. subjetividade. institucionalização.
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ItemAutoestima e satisfação corporal em homens universitários: comparação entre hetero e homossexuais(Centro Universitário Barão de Mauá, 2021-12) Caíque Rossi Baldassarini ; Lucas Barros Bianchini ; Dra. Graziela Aparecida Nogueira de Almeida RibeiroO conceito de autoestima diz respeito ao produto de uma autoavaliação do indivíduo em relação ao meio. Já a satisfação corporal se refere ao bem-estar que o indivíduo vivencia acerca do seu corpo, e está ligada a um dos aspectos de um construto mais abrangente e multifatorial: a imagem corporal, entendida como a representação mental do indivíduo em relação ao próprio corpo. Observam-se, na literatura científica, estudos que demonstram diferenças quanto à autoestima e satisfação corporal em homens de diferentes orientações sexuais. Desta forma, o presente estudo, de caráter quantitativo e descritivo, teve como objetivo avaliar a autoestima e satisfação corporal em homens universitários hetero e homossexuais. Participaram do estudo 100 homens universitários do estado de São Paulo, entre 18 e 30 anos, sendo 50 heterossexuais e 50 homossexuais. Os participantes foram recrutados por meio de convite direto em ferramentas de comunicação, como Facebook, Instagram e WhatsApp, e por amostragem pelo método bola de neve. Para a coleta de dados, realizada de forma online por meio do Google Forms, após aceite no Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), os participantes responderam aos seguintes instrumentos: um questionário sociodemográfico elaborado pelos autores; a Versão Brasileira da Escala de Autoestima de Rosenberg e a Escala de Insatisfação Corporal Masculina (MBDS), em suas versões Padrão e Reduzida. A análise de dados foi realizada por meio de estatística descritiva e inferencial utilizando-se o software IBM SPSS v. 21. Como resultados, o teste Qui-quadrado (χ²) de Pearson demonstrou diferenças entre os grupos quanto ao status de relacionamento, sendo que um maior número de heterossexuais indicou estar em um relacionamento (χ²(1, N=100) = 4,46; p = 0,035). Já o teste t de Student evidenciou diferenças entre os grupos nos escores da MBDS Padrão (t(98) = 2,19; p = 0,031) e no Fator Musculatura da MBDS Reduzida (t(98) = 2,31; p = 0,023), sendo os homossexuais mais insatisfeitos com seus corpos e musculatura. Na classificação dos escores do Fator Musculatura da MBDS Reduzida, o teste Qui-quadrado (χ²) de Pearson também apontou maior insatisfação com os músculos entre os homossexuais (χ²(3, N=100) = 8,87; p = 0,031). Somente no grupo de homossexuais observou-se correlação de Spearman positiva moderada entre IMC e o escore na MBDS Padrão (ρ = 0,393; p < 0,01). Foi investigada, também, a possível influência de variáveis sociodemográficas sobre autoestima e insatisfação corporal entre os homo e heterossexuais, por meio do teste t de Student, ANOVA de uma via, Teste de Mann-Whitney e Teste de Kruskal-Wallis, tendo sido observados efeitos das variáveis “Status de relacionamento”; “Classe IMC”; “Tipo corporal percebido”; e “Com quem reside” entre os homossexuais, e efeito da variável “Frequenta academia” entre os heterossexuais. Conclui-se que os homens homossexuais deste estudo demonstraram maior insatisfação com seus corpos quando comparados aos heterossexuais, especialmente quanto à musculatura. Recomenda-se que a característica de orientação sexual seja considerada na atenção à saúde mental de homens universitários, especialmente diante de queixas associadas a autoestima e imagem corporal. Palavras-chave: Homens universitários. Autoestima. Satisfação corporal. Orientação sexual.
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ItemAvaliação psicológica para cirurgia do implante coclear em adultos surdos pós-linguais: revisão integrativa e proposta de protocolo(Centro Universitário Barão de Mauá, 2020-12) Paulo Francisco de SousaA avaliação psicológica é um processo de caráter compreensivo e visa responder questões sobre o funcionamento psíquico de uma pessoa, num determinado período de tempo, em contextos e situações de vida específicos. Em se tratando de pessoas com deficiência auditiva candidatas à cirurgia do implante coclear, a avaliação psicológica é considerada compulsória e tem o propósito de identificar fatores de inclusão e exclusão para a cirurgia. Por isso a importância de que seja eficaz e garanta que determinados critérios sejam preenchidos, tendo em vista que uma avaliação rudimentar pode comprometer a preparação cirúrgica e também o engajamento pós operatório dessas pessoas. Diante desta compreensão, os objetivos deste trabalho foram : 1- Analisar a produção nacional de artigos relacionados à avaliação psicológica para cirurgia de implante coclear. 2- Propor um protocolo de avaliação psicológica para adultos surdos pós-linguais. Para tanto, realizou-se estudo de revisão, utilizando-se da Revisão Integrativa para coleta e análise dos dados, foi desenvolvido um protocolo de avaliação psicológica, com base no estudo de revisão e na experiência do autor, enquanto estagiário na área. Para coleta de dados, realizou-se busca de artigos nas bases: Biblioteca Virtual da Saúde (BVS), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE / PUBMED), Scientific Electronic Library Online (SCIELO), Literatura Latino-Americana em Ciências da Saúde (LILACS), Periódicos CAPES e Periódicos Eletrônicos de Psicologia (PEPSIC). Utilizou-se a combinação dos descritores "avaliação psicológica" e "implante coclear" e os seguintes critérios de inclusão: artigos publicados em português, na íntegra e publicados até março de 2020, sem definição de data de partida de publicação. A amostra final da revisão foi constituída por três (03) artigos científicos. Para a criação de categorias de análise buscou-se elementos que apontassem para a elaboração e especificação do processo de avaliação psicológica. Nenhum artigo apresentou os pormenores do processo avaliativo psicológico, no que diz respeito às etapas envolvidas, tempo e número de sessões, uso de instrumentos de testagem e até mesmo a forma de apresentação dos resultados da avaliação. Considerando-se a inexistência de fortes evidências disponíveis na literatura científica nacional sobre o proceder da avaliação psicológica, nesta área, e considerando-se também a experiência do autor, foi possível proceder à elaboração de um protocolo norteador do processo de avaliação psicológica para cirurgia do IC, contendo os seguintes direcionadores: Entrevista Clínica, Aplicação de Instrumentos (avaliação de personalidade, avaliação cognitiva, avaliação de rastreio de sintomas depressivos e ansiosos, avaliação de risco de suicídio), Entrevista Devolutiva e Entrega do Documento/Laudo.
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ItemCâncer de mama e mastectomia: a ressignificação do ser feminino(Centro Universitário Barão de Mauá, 2020-12) Joana Barbieri Vian ; Louise Cássia Maria de Morais Viana ; Viviane Ferraz Ferrari dos Santos ; Me. Felipe de Souza ArecoA palavra câncer traz grandes sensações e sentimentos à existência de muitas pessoas, principalmente àquelas que experienciam tal significado. A partir do diagnóstico muitos se veem com incertezas perante vida, o enfrentamento e tratamento. Ao se falar sobre o câncer de mama em mulheres, um fator é acrescentado: o ser feminino e a visão de si. O presente estudo busca a compreensão acerca da visão da mulher e a ressignificação do que é ser-no-mundo após o diagnóstico de câncer de mama e da realização da mastectomia. A pesquisa foi submetida ao comitê de ética em pesquisa com seres humanos, sendo aprovada sob o parecer n° 4.027.761, visto isso, as entrevistas foram realizadas com cinco mulheres que receberam o diagnóstico de câncer de mama e passaram pelo procedimento de mastectomia, com faixa etária superior aos 18 anos e em um local de melhor comodidade para as participantes. O referencial teórico utilizado foi pautado na Abordagem Fenomenológico Existencial, embasada no método qualitativo, através de uma entrevista em profundidade com uma questão norteadora: “Enquanto mulher qual foi o significado que a sua vida passou a ter após o diagnóstico do câncer de mama e a realização da mastectomia?”, possibilitando que a participante verbalizasse abertamente e refletisse sobre sua condição de adoecimento e cura, sem interrupções por parte das entrevistadoras. Os materiais coletados nas entrevistas foram analisados pelo procedimento exposto pela fenomenologia existencial em quatro etapas, que consiste em analisar as unidades de significados no discurso, viabilizando assim a descrição e compreensão do fenômeno, ao proporcionar a categorização de cinco temáticas Vivência da descoberta: visão de morte e de cura; O impacto do tratamento; Figuras de cuidado; Visão de ser no mundo e a Importância de compartilhar a vivência. Desta forma, as participantes abordaram suas vivências perante a iminência da morte e de um novo sentido ao existir, ou seja, apresentaram seu modo de ser antes e depois do diagnóstico do câncer de mama e da mastectomia. Todavia, para as pesquisadoras, a pesquisa contribuiu para a compreensão do processo de adoecimento e cura de cada indivíduo, sendo possível observar diferentes maneiras de ser e de enfrentamento, e sobretudo suas ressignificações existenciais após o diagnóstico do câncer de mama e da mastectomia.
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ItemCâncer de mama e seus impactos em mulheres jovens: uma leitura fenomenológico-existencial(Centro Universitário Barão de Mauá, 2020-12) Ana Paula Borba ; Rosilene Alves Nunes ; Tainá Natália Lassalli ; Felipe de Souza ArecoO câncer, de forma geral, revela um sentimento de medo e incerteza, por se tratar de uma doença que ainda não mostra cura. O câncer de mama, por sua vez, ocasiona algumas dificuldades na mulher. Alguns fatores podem influenciar no desenvolvimento de um câncer. A idade pode ser um dos fatores desencadeantes, considerando que é mais comum o desenvolvimento da doença entre 40 e 60 anos. Caso a doença acontecça antes dos 35 anos, é considerando precoce. A presente pesquisa envolve a compreensão sobre os impactos psicológicos, físicos e sociais de mulheres jovens desde o diagnóstico de câncer de mama, incluindo o percurso da doença durante o tratamento e sua forma de lidar e suas experiências nesse processo. O estudo foi realizado de forma exploratória e descritiva na abordagem qualitativa, fundamentada sobre a teoria Fenomenológica Existencial. A entrevista contou com a participação de cinco mulheres com idade de 18 a 35 anos. Sendo apresentado com o termo de consentimento livre e esclarecido, que foi aprovado pelo parecer de n° 4.027.771 pelo comitê de ética em pesquisas com seres humanos. O diálogo contou com a participação de cinco entrevistadas com idade entre 18 e 35 anos. Para seleção das participantes foi utilizado o método bola de neve, no qual as mulheres convidaram outras voluntárias para participarem do estudo. Em seguida, houve a análise dos dados e, posteriormente, a leitura buscando identificar proximidades entre os relatos, havendo uma reflexão sobre os dados e transformação da linguagem comum para conceitos da Psicologia, seguindo de um resumo de cada significado para entrelaçar com a abordagem fenomenológica-existencial. Cada uma das participantes vivencia ou já vivenciou sua experiência de forma única, em vários contextos e aspectos: sociedade, relacionamento, feminilidade, ressignificação e morte e morrer. Com um olhar mais humano, as pesquisadoreas puderam enxergar algo que vai além do diagnóstico médico, passando a enxergar cada indivíduo como pessoa, além do óbvio, pois cada vivência é particular, com sofrimento e beleza ímpar, sendo necessário muitas vezes perpassar pelo processo do adoecimento para que seja possível ressignificar, sentir-se vivo e perceber suas possibilidades existenciais.
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ItemCondições psíquicas de pais de crianças com câncer: uma revisão sistemática(Centro Universitário Barão de Mauá, 2023-12) Ana Caroline Apis Chioda ; Gabriela Gastaldi Diniz ; Dra. Ana Paula Casagrande Silva RodriguesO diagnóstico de câncer infantil, condição inesperada e indesejada, e a necessidade de hospitalização causam repercussões na vida da criança e de sua família, provocando transformações e comoção. O presente estudo tem como objetivo compreender as condições psíquicas de pais de crianças diagnosticadas com câncer. Trata-se de uma revisão de literatura sistemática e para a sua construção foram selecionados, através de busca eletrônica, artigos nas bases de dados BVS e EBSCO publicados nos últimos cinco anos. Foram analisados 14 artigos, originando quatro categorias de análise: cinco estudos apontam para a percepção sobre o câncer infantil e evidenciam o temor envolto a doença e que sua descoberta é marcada por períodos de fragilidade, além do enfrentamento e tratamento serem dolorosos; nove estudos evidenciam sobre o impacto nos cuidadores e que estes experimentam momentos de dificuldades e mudanças na rotina e cotidiano familiar; quatro estudos trazem a compreensão do relacionamento e da assistência prestada pelos profissionais e a importância da vinculação, do cuidado compartilhado, da atenção humanizada, da comunicação e da construção de espaços de acolhimento; e oito estudos mostram o suporte social como estratégia de enfrentamento, sendo percebido como um aspecto positivo para a superação das dificuldades e diminuição do sofrimento. A análise dos resultados deste estudo permite concluir que o câncer é uma doença estigmatizada, envolta de percepções negativas e que impacta as várias esferas da vida do paciente e seus familiares. Os pais experimentam momentos difíceis e são acometidos por um significativo impacto emocional, sendo essencial um olhar para suas condições psíquicas. Ademais, evidencia-se a escassez de publicações científicas por profissionais da área da Psicologia. Dessa forma, sugere-se o envolvimento destes no desenvolvimento de novos estudos. Palavras-chave: câncer; criança; pais; psicologia; revisão sistemática.